quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

VIATURA, diesel, gasolina, elétrico, e......
.....e um "cromo", para não dizer mais.
Não é de agora, mas em cada dia, a cada abertura de boca, mais confirma que quando lhe caíram os cabelos poderá ter caído mais qualquer coisa. Fica a minha mais que legítima dúvida.
Não sou especialista no tema e, portanto, não posso avançar com certezas absolutas.
Até porque o absoluto..........
Tenho lido muito. Mantenho dúvidas.
"Malgré" Trump e outros tolos, as alterações climáticas parecem-me indesmentíveis. Nisto, não tenho dúvidas. Basta lembrar como era em média o tempo que se sentia, por exemplo, na Beira-Baixa ou no Algarve em 1969, e comparar com os tempos recentes.
Portanto, banir programada e estruturadamente (e já vamos tarde) tudo o que pareça ou se tenha mesmo já a certeza de que contribui negativamente para essas desgraçadas alterações, afigura-se um caminho correcto. 
Lutar para atingir objectivos que melhorem o ambiente, aí a criatura tem o meu apoio.
Agora, creio que convém olhar a todas as frentes da realidade, nos países, nas sociedades.
Por exemplo, Portugal, grandes Lisboa e Porto:
> autocarros - quantos a gasolina, quantos a diesel, quantos a gás, quantos elétricos? E quanto custa modernizar as frotas em conformidade com o barbudo? Que metas a definir? Que logística a montar?
> camiões vários - vai proibir-se a sua entrada nas cidades, sei lá, em 2022, até para ter melhor ar para o Papa respirar?
> quantos carros a diesel existem comprados após 2016? O meu é um deles................

Naturalmente que uma perspectiva do problema é a indústria em si, quem vende os carros, quem efectua a manutenção, quem fornece peças e sobressalentes, quem fornece a AutoEuropa (que maciçamente produz carros a diesel), e a questão do emprego/ desemprego que não pode ser negligenciada.
Naturalmente que olhar para o que certas cidades, por exemplo na Alemanha, estão a decidir quanto ao diesel, não me parece que deva ser desprezado mas, por outro lado, isso deve ser olhado com muita ponderação tendo em conta a nossa realidade.
Quanto à nossa realidade, por um lado deve atender-se à autonomia dos carros eléctricos a qual, nos carros ligeiros/ médios, a autonomia me parece fraca (175/ 200 Km reais?) ; ou a criatura está a pensar que a média do Tuga pode comprar Tesla, Audi, BMW, Mercedes, Range Rover, Jaguar? Em que mesmo assim a autonomia real (não a anunciada) em verdade não passará dos 300 e poucos Km?
Como é uma ida Lisboa Porto? 
Bem, e nem vou falar nos milhares de prédios sem garagem e, consequentemente, como os vários milhões de pessoas/ condóminos carregariam os carros, mesmo que o governo socialista entregasse um Renault Zoe a cada cidadão das classes baixa e média e média alta.
E mesmo para os carros porventura considerados baratinhas, o preço não é assim tão acessível.
As transformações nas sociedades acarretam sempre dificuldades, períodos de adaptação, desemprego, etc. 
Mas fica-me a sensação que a recente "boutade" da criatura tem por trás qualquer coisa que não me cheira bem.
Nesta área como em muitas outras, terá de se perguntar: quem pode estar já a beneficiar da tirada do barbudo?
Aguardemos.
Até porque se muitos apostaram nos híbridos, e várias marcas estão agora a atirar-se mais a sério para os eléctricos, quem me diz a mim que daqui a 30 anos não estará então uma mudança orquestrada para o hidrogénio?
AC

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