domingo, 3 de novembro de 2019

A  REPUTAÇÃO  da  BANCA
Notas prévias
- não sou gestor, empresário, bancário, economista, financeiro, banqueiro, jornalista especializado em questões financeiras e bancárias, nunca fui ministro. Sou um reformado servidor do meu País.
- como a maioria dos meus concidadãos, sempre tive conta bancária; contrariamente, presumo, a muitos dos meus concidadãos, nunca saltitei de banco para banco, é o mesmo desde 1966, e não é a CGD.
- como provavelmente aconteceu e acontece com muitos dos meus concidadãos, já por várias vezes me chateei com aquilo que inventaram, o gestor de conta, no meu caso a gestora de conta, ao ponto de ter havido queixas formais e apresentação de desculpas ao cliente, eu.
 - não sei se acontece/ aconteceu com muitos dos meus concidadãos, mas eu tomo atenção às letras miudinhas, e vou muitas vezes pedir satisfações; e nunca fiz coisas que, pelo que se tem sabido nos últimos anos, muitos dos meus concidadãos fizeram e, hoje em dia, andam a rabiar à conta do BANIF, do BES, do BPP, do BPN, etc, etc. As minhas poucas poupanças nunca desapareceram, até agora. 
Infelizmente, no plano financeiro, não sou rico.
Mas sou muito rico quanto á família.
Finalmente, conheço pessoalmente alguns que ficaram a tinir, por exemplo, à conta do BPN e do mundo a ele ligado. 
Não me admira o que lhes aconteceu.

Vem isto a propósito do texto escrito no Expresso pelo actual presidente executivo do Novo Banco, sr António Ramalho.
O texto termina com a frase - Porque a função a banca e de quem a gere sempre será proteger a poupança que lhe foi confiada. É apenas nisso que assenta a sua reputação.
Achei este texto a todos os títulos curioso.
Apareceu agora porque vieram as notícias de que o défice sofreu outra vez à conta do Novo banco? Não faço ideia.
Apareceu agora porque se sucedem as injeções naquele banco? Não sei.
Uma coisa sei, do que li, em todas as frases de António Ramalho me parece sobressair elegância, mas também há muita subtileza.

Por exemplo:
> a função da banca e de quem a gere sempre será proteger a poupança que lhe foi confiada - será, mas cautelosamente não é explicitado que muitas vezes quem a vem gerindo nas últimas décadas o não tem feito; e não é só como alguns tentam que os problemas existem desde 2008, nem pouco mais ou menos; basta olhar ao que se sabe e acima lembrado, mais a pouca vergonha de anos da CGD; 

> logo na abertura do texto fala - ora falar de poupança é falar da banca, dada a sua função fiduciária que lhe cabe, de a guardar, cuidar e rentabilizar; apetece dizer, POIS, POIS, POIS, POIS;

> António Ramalho procura sobretudo explicar, e esclarecer, como se aplica a poupança porque isso é fundamental para a compreensão do seu papel, e aqui só me apetece dizer que, pelo menos desde 1992, têm sido "eloquentes" em Portugal os exemplos da aplicação das poupanças dos portugueses por parte de grande parte da banca nacional;

> António Ramalho atira-se então sobretudo a explicar as questões do crédito, da sua concessão, da recuperação de créditos e, se percebi bem, enfatiza a necessidade de explicar as coisas pois tem havido perdões de dívidas. 
Será que escreveu isto por exemplo, também por causa de perdões de dívidas a clubes de futebol que, salvo melhor opinião, é uma das maiores afrontas ao povo português?

> António Ramalho explica que - a gestão dos créditos dos bancos faz-se na concessão, no seguimento e na recuperação atempada. Devo confessar que quando li esta parte desatei a rir. Porque seria?

> Ah, e António Ramalho lembra e muito bem, - o que se pretende é que os balanços dos bancos reflitam a cada momento a verdade "actualizada". Lembra logo a seguir que - ....após a crise de 208/ 2010, verificando-se que os balanços não refletiam adequadamente a verdadeira situação no balanço.....
Pois é.............o que se pretende........

> E como a função da banca sempre será prioritariamente a proteção da poupança..........
Como se tem visto. 

Fico-me por aqui. 
Não sem terminar acrescentando, que acho imensa graça a certos empreendedores e a certos conhecidos tubarões que tiveram tão boas ideias tão excelentes ideias que, segundo se depreende de notícias dos OCS dos últimos anos, essas boas ideias ajudaram todas essa pessoas a engordar os offshores!!!!!, a passar bens para as divorciadas, a passar dinheiros ganhos sabe-se lá onde e como para os primos e testas de ferro, e tudo sempre no desconhecimento do regulador e etc.
E sempre com o objectivo de preservarem a ideias (!?!?) e a continuidade de empresas.
Respeito sempre a opinião de outrem, mas este texto e salvo melhor opinião, não passa de Um bom texto para "Épater les Bourgeois"
AC

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