sábado, 16 de maio de 2020

A  CRISE  provoca  muito  NEVOEIRO
Com a Covid-19, como já lembrei em dois ou três postais, tanta coisa que é deixada para trás, esquecida, nuns casos muito convenientemente.
Tanto nevoeiro.
Lembrei-me agora, por exemplo, das FUNDAÇÕES
Lembro-me de ver noticiado que algumas fundações se encontravam já há muito tempo com aflições financeiras. 
Uma delas parece ser a fundação Mário Soares.
Nesta coisa das fundações sempre tive dúvidas sobre a vida da maior parte dessas instituições.
Penso não estar errado, mas creio que no tempo da Troika terá existido uma intenção de também nessa área se tentar cortar despesas, pois creio que muitas fundações são parcialmente ou muito subsidiadas.
Pode ser ignorância minha, e sobretudo deficiência minha, mas não encontro dados claros sobre determinadas fundações, de que vivem no que toca a €€€€
Gostava de saber.
Creio que se devia saber qual o conjunto de fundações que vivem exclusivamente de meios próprios, estão viçosas, e quais são aquelas que recebem apoios governamentais e/ ou autárquicos, dinheiro nosso, portanto.
Creio que é mais uma das milhares de áreas de grande falta de transparência em Portugal, um dos países mais opacos no que à vida pública respeita.
Falar de fundações é falar de espólios e acervos. E memória.
Que fundações estão estagnadas? Paralizadas?
Todas as fundações e os seus espólios e acervos têm como intuito servir a comunidade na vertente da história, da investigação, da ciência? Ou há deleite pessoal?
É que há fundações que sempre me causaram estranheza, como por exemplo entre muitas aquela constituída logo a seguir à devolução de Macau à China.
Há grandes fundações, Gulbenkian será o caso paradigmático.
Haverá fraudulentas?
Nesta fase terrível em que estamos, haverá fundações a vir pedir dinheiro ao governo?
Era bom saber. Mas está tanto nevoeiro e há tanta unicidade.
AC

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