Pelo menos cinco bairros ditos sociais (???) na Grande Lisboa têm casos de Covid-19. Além dos 32 casos confirmados pela DGS espalhados por três bairros no Seixal (só o da Jamaica e de Santa Marta, em Corroios, foram identificados), o DN sabe que há famílias infetadas no Bairro da Torre (Loures) e Alfredo Bensaúde (Olivais). Vivem em habitações precárias, algumas sem água ou luz, onde fazem a convalescença. Autoridades de saúde garantem estar a acompanhar a situação e a tomar medidas, num caso com o apoio da PSP, para que os focos não se alastrem. (do DN)
Engraçadíssimos estes jornalistas. BAIRROS SOCIAIS!!!
Tudo na vida tem vantagens e desvantagens, qualidades e defeitos, prós e contras.
Para mim, a pandemia actual tem uma grande, esmagadora, faceta extraordinária, confirma (se preciso fosse) um Portugal de gritantes desigualdades, um País muito desequilibrado, um País com áreas ao nível do melhor na Europa mais desenvolvida mas, com imensas fragilidades sociais, com injustiças inacreditáveis, a esboroar-se por vários lados.
E nesta altura, mais uma vez, volto a lembrar-me das presidências abertas de Mário Soares.
Estou tanto mais à vontade para o recordar quando eu devo ser um dos portugueses que mais acidamente critico o político Mário Soares, um dos que fez muito boas coisas no Portugal pós- 25 de Abril mas, também, um dos que mais cancros deixou na nossa sociedade.
Tenho a convicção de que, inicial e parcialmente, Mário Soares desenvolveu o “programa” presidências abertas para mostrar o que de bom e de muito mau tínhamos no País mas, a partir de certa altura, essa postura para mim muito positiva passou à postura de querer (e conseguiu) derrubar o “gajo”.
Nesta parte, muito lamentável, embora igualmente lamentável tenha sido a pouca vergonha inerente a tudo aquilo que, presente condições que então teve, Cavaco Silva mais podia e devia ter feito para corrigir, reformar e desenvolver o País.
Isto dito, cada um à sua maneira, diferente naturalmente, e na minha opinião, nunca mais os sucessores de Mário Soares nas presidências abertas tiveram como objectivo positivo e primeiro o identificar o que devia ser urgentemente modificado e, de certa forma, chamar à atenção os sucessivos governos e autarcas.
E autarcas, onde imensos deixaram e deixam há décadas crescer poucas vergonhas nos seus concelhos culpando sempre os governos centrais.
Nos últimos 25 anos, em 18 fomos governados por socialistas e geringonças.
A este evidente descalabro juntou-se o rol de descalabros anteriores.
E, obviamente, passaram assim décadas a disfarçar o indesfarçável e NÓS, cidadãos comuns e democratas preocupados, assistimos a este desmoronar da sociedade, impotentes.
Os ditos bairros sociais são apenas um dos vários, dos muitos icebergues na nossa sociedade.
E, depois, temos os políticos que aplicam nomes a quem lhes chama à atenção para o que não fazem, para o que descuram, como se essa atitude fizesse desaparecer os problemas sociais.
E temos sempre a mesma pouca vergonha de presenciar a pornográfica atitude de dizerem - ah a herança que tivemos.
António Costa leva 5 anos de poder, sendo certo que a economia começou a recuperar em 2014.
Ou o Jamaica, os hostels atulhados de imigrantes ilegais, os bairros horríveis repletos de ciganos, os asiáticos ilegais nas colheitas, o descontrolo absoluto sobre quem cá aparece e não é civilizadamente enquadrado e integrado, é culpa minha e de outros como eu?
Décadas em que os autarcas fizeram o quê?
Foi sempre tudo culpa dos governos do PSD e dos governos do PS?
A culpa do que se passa no Seixal e etc., é só dos governos centrais, sempre só dos governos centrais?
Tenham vergonha nas trombas.
Enfim, desgraçado Portugal.
AC
Para mim, a pandemia actual tem uma grande, esmagadora, faceta extraordinária, confirma (se preciso fosse) um Portugal de gritantes desigualdades, um País muito desequilibrado, um País com áreas ao nível do melhor na Europa mais desenvolvida mas, com imensas fragilidades sociais, com injustiças inacreditáveis, a esboroar-se por vários lados.
E nesta altura, mais uma vez, volto a lembrar-me das presidências abertas de Mário Soares.
Estou tanto mais à vontade para o recordar quando eu devo ser um dos portugueses que mais acidamente critico o político Mário Soares, um dos que fez muito boas coisas no Portugal pós- 25 de Abril mas, também, um dos que mais cancros deixou na nossa sociedade.
Tenho a convicção de que, inicial e parcialmente, Mário Soares desenvolveu o “programa” presidências abertas para mostrar o que de bom e de muito mau tínhamos no País mas, a partir de certa altura, essa postura para mim muito positiva passou à postura de querer (e conseguiu) derrubar o “gajo”.
Nesta parte, muito lamentável, embora igualmente lamentável tenha sido a pouca vergonha inerente a tudo aquilo que, presente condições que então teve, Cavaco Silva mais podia e devia ter feito para corrigir, reformar e desenvolver o País.
Isto dito, cada um à sua maneira, diferente naturalmente, e na minha opinião, nunca mais os sucessores de Mário Soares nas presidências abertas tiveram como objectivo positivo e primeiro o identificar o que devia ser urgentemente modificado e, de certa forma, chamar à atenção os sucessivos governos e autarcas.
E autarcas, onde imensos deixaram e deixam há décadas crescer poucas vergonhas nos seus concelhos culpando sempre os governos centrais.
Nos últimos 25 anos, em 18 fomos governados por socialistas e geringonças.
A este evidente descalabro juntou-se o rol de descalabros anteriores.
E, obviamente, passaram assim décadas a disfarçar o indesfarçável e NÓS, cidadãos comuns e democratas preocupados, assistimos a este desmoronar da sociedade, impotentes.
Os ditos bairros sociais são apenas um dos vários, dos muitos icebergues na nossa sociedade.
E, depois, temos os políticos que aplicam nomes a quem lhes chama à atenção para o que não fazem, para o que descuram, como se essa atitude fizesse desaparecer os problemas sociais.
E temos sempre a mesma pouca vergonha de presenciar a pornográfica atitude de dizerem - ah a herança que tivemos.
António Costa leva 5 anos de poder, sendo certo que a economia começou a recuperar em 2014.
Ou o Jamaica, os hostels atulhados de imigrantes ilegais, os bairros horríveis repletos de ciganos, os asiáticos ilegais nas colheitas, o descontrolo absoluto sobre quem cá aparece e não é civilizadamente enquadrado e integrado, é culpa minha e de outros como eu?
Décadas em que os autarcas fizeram o quê?
Foi sempre tudo culpa dos governos do PSD e dos governos do PS?
A culpa do que se passa no Seixal e etc., é só dos governos centrais, sempre só dos governos centrais?
Tenham vergonha nas trombas.
Enfim, desgraçado Portugal.
AC
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