sexta-feira, 15 de maio de 2020

 A  CONSTITUIÇÃO da REPÚBLICA PORTUGUESA (CRP) e os farsantes
A Lei primeira continua a ser imensas vezes ignorada no nosso quotidiano. Pela esmagadora maioria dos cidadãos e muito pelos titulares de orgãos de soberania e pelas muito ditas elites.
Uns alarves nem conhecem o seu articulado.
Outros alarves arrogam-se de fazedores e facilitadores.
Outros alarves publicitam que se estão nas tintas para o que ela disser.
Outros alarves conhecem-na bem mas, matreiros e pistoleiros que são, dinamitam os seus ditames com oratória e beijinhos.

Vem isto a propósito do que nos tem acontecido nos últimos meses, a propósito do teatro interpretado por certos figurões.
Entre muitas outras coisas, desde os que se borrifam para as máscaras, aos que se mascaram de democratas, temos assistido a interpretações várias na vida pública que, pessoalmente, quanto mais medito sobre o que nos vai aparecendo pela frente mais me convenço que não estamos bem enquanto sociedade.
Estive por exemplo a reparar nos preceitos constitucionais estabelecidos para os orgãos de soberania, até porque um amigo meu sempre que falamos se atirava ao Celinho com unhas e dentes.
Eu sinto-me à vontade neste capítulo do "Celinho", pois votei nele por que parecer melhor que a concorrência da altura, continuo a considerar que são mais os aspectos positivos da sua magistratura que os muitos negativos e confrangedores.

O meu amigo irritava-se particularmente por ser sempre o Prof Marcelo a falar depois de cada conferência no Infarmed acerca da pandemia que nos assaltou.
O meu amigo já se acalmou, e até se riu por eu dizer que Marcelo aparece a falar nessas alturas bem rodeado de "jarrões".
E acalmou-se porque lhe expliquei que, no âmbito da competência para a prática de actos próprios, ao PR compete - "Pronunciar-se sobre todas as emergências graves para a vida da República" tal como expressa a CRP, na alínea e) do Artigo 134º.
É o caso. Por mim, Marcelo tem aqui respaldo para continuar a dizer-nos o que se passa no âmbito da pandemia.
E, felizmente considero eu, ainda bem que é Marcelo a dirigir-se-nos periodicamente, pois comunica bastante melhor que os jarrões de que se ladeia. 
AC

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