A PROPÓSITO de RACISMO e AR
Escrevi o que está em baixo antes da 2ª votação para vice-presidente da Assembleia da República.
ASSEMBLEIA da REPÚBLICA
ELEIÇÃO de VICE-PRESIDENTES
Adão e Silva do PSD foi eleito com 190 votos a favor.
Edite Estrela do PS foi eleita com 159 votos a favor.
Votação interessante, a meu ver naturalmente, particularmente olhando a estes números. Hoje à noite Edite tomará pastilha para a azia?
Outra coisa interessante será ver se o novo nome proposto pelo Chega que, julgo saber, é uma pessoa de nível intelectual superior e com passado político que creio não merecerá reparos graves, será democraticamente aceite pelas bancadas dos restantes partidos, obtendo 116 votos.
Importante reter que a vontade individual dos deputados é soberana, o voto é secreto, e é para respeitar. PONTO!
O resultado dessa votação deu novo chumbo dos deputados, o professor/ deputado do Chega obteve apenas mais 2 ou 3 votos que o seu colega de bancada que tem um historial passível de críticas.
Conheço quase nada e nem estou interessado em aprofundar coisas ligadas ao Chega, tinha apenas uma ideia assente no que me recordo de ter visto nos OCS antes de 30 de Janeiro passado, ideia acerca do segundo proposto do Chega para Vice-Presidente da AR. A ideia que eu tinha era a de ser uma pessoa interessante no plano intelectual e profissional, oriundo/ nascido em Moçambique, aparentemente muito diferente de André Ventura e outros parecidos ou pior ainda.
É clarinho que esta cena dos chumbos só serve para o histerismo e vitimização da agremiação de André Ventura, que não precisa de se vitimar, do PSD ao PAN todos o ajudam.
Estou cansado destes titulares de órgãos de soberania que tudo continuam a fazer para mais ainda darem força a gente desta agremiação.
Democraticamente, e como constantemente recordo, respeito o que André Ventura e seguidores afirmam e defendem, mas rejeito completamente 99, 9% das suas posições.
Isto dito convirá lembrar o Art 175º (Competência Interna da Assembleia) da CRP que na sua alínea b) estabelece - eleger por maioria absoluta dos Deputados em efectividade de funções, o seu Presidente e os demais membros da Mesa, sendo os quatro Vice-Presidentes eleitos sob proposta dos quatro maiores grupos parlamentares.
Taxativo: não tem maioria absoluta não é eleito.
Mas, para lá da norma Constitucional, o que me parece fica para o comum dos cidadãos, mesmo para aqueles que como eu (e suponho que seja a maioria) deplora a agremiação de André Ventura, é a concretização de um prejudicial sectarismo. Com o que se passou mais gás estão a dar aquela gente, num país com tantos problemas por resolver. Havia que deixá-los estatelarem-se como espero que a curto e medio prazo aconteça e a sua representação volte a 1, desejavelmente mesmo a zero.
Para terminar, o número montado pelo segundo proposto do Chega era bem dispensável. Claro que há focos de racismo na sociedade. Mas para mim, discursos destes não ajudam. E não creio que o racismo tenha sido o que os deputados consideraram. As coisas têm de ser debatidas com sossego e decentemente.
Creio lúcida esta postura de Morgan Freeman - How do we get rid of racism? Stop talking about it.
AC
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