ORGÃOS de COMUNICAÇÃO SOCIAL (OCS)
Repito, MAIS UMA VEZ, o que ao longo dos anos aqui fui periodicamente escrevendo, umas vezes de forma mais prolixa outras mais resumida, REPITO, portanto, e agora muito sinteticamente: NÃO HÁ DEMOCRACIA madura e real designadamente sem OCS livres, independentes, assertivos, que informem com rigor, que empunhem o contraditório, e que as opiniões das direcções e dos jornalistas estejam em colunas e páginas bem definidas, mas não infectem as notícias seja sobre o que forem. Relatem os factos, os eventos, as festas, os congressos, etc.
Vem isto a propósito dos OCS nacionais e dos internacionais. Vem isto a propósito das agências de informação, dos "spin doctors", da crescente promiscuidade políticos-jornalistas, da manipulação crescente.
Vem isto a propósito de que é muito interessante para mim ler o mais possível o que nos mostram os OCS e ponderar os acontecimentos "de per si" e cotejar com o noticiado.
Vem isto a propósito do copianço crescente que se observa entre certos OCS, ou como bebem de um trago o que nasce em agências de informação sem um mínimo de ponderação, como transmitem o que lhes sussurram ao ouvido, venha de governos, presidentes da República, deputados, banqueiros, chefes das grandes empresas, poder judicial nas suas diferentes componentes, médicos, enfermeiros, sindicalistas, jornalistas familiares de políticos, etc.
Vem isto a propósito, por exemplo, do que se noticia sobre os berbicachos em França, ou em certas zonas de Espanha, ou no Reino Unido, ou no Canadá, ou nos EUA, ou na Austrália.
Ou ainda sobre a Rússia/ CEI, sobre a China, sobre Ásia em geral, sobre África, bem....., por estes sítios a coisa fica mais ……como dizer……..
Vem isto a propósito, por exemplo, do que germina nos EUA à conta do temor crescente face ao execrável Trump. Neste caso, dos EUA, e ciente de que nada percebo de praticamente nada, apenas procuro diminuir as minhas fragilidades, não estou a ver como é que, FACILMENTE, resolvem o que há dias aqui referi do que me foi transmitido, e que é quase certo que infelizmente grassa por todo o país.
Recordando isso dos EUA, aqui coloquei há dias a miséria inacreditável que família e amigos observaram mal saíam dos centos e depois dos subúrbios, de grandes cidades, de pequenas cidades, de localidades, avançando de automóvel centenas de Km para outras paragens. Tendas, tendas, caravanas, tendas, caravanas, miséria, miséria. São milhares de miseráveis, sem condições, de todos os tons de pele.
E agora lembrei-me de outro "paraíso" efervescente de "igualdades" (!!), o Brasil, o tal onde Marcelo diz que não há problemas só parece, e lembrei-me do final de 2011, do regresso de autocarro de Santos para S.Paulo. A guia, ao começarmos a ver barracas - estamos a chegar a S.Paulo isto é, às zonas antes da cidade grande que terá cerca de 18 milhões de pessoas; em todas as zonas limítrofes como esta a que estamos a chegar, calcula-se que aqui vivam cerca de 10 a 11 milhões de pessoas (18+11=29)!
Andámos imenso até chegarmos a uma zona central de S.Paulo, onde almoçámos. As barracas que existiram nos arredores de Lisboa décadas atrás e se observavam bem quando se chegava de avião a Lx eram quase luxuosas comparadas com o que vi por ali.
Isto tudo, portanto, para lembrar o fosso enorme entre estratos sociais, entre miseráveis, remediados e ricos. Para lembrar como estes assuntos são tratados nos OCS nacionais e internacionais, ou como tratam a guerra na Ucrânia, ou os coletes amarelos em França, ou o aeroporto em Portugal, ou o preço dos combustíveis por cá, ou os assuntos dos militares das Forças Armadas, ou os preços nos supermercados, ou os preços das cerejas na Beira-Baixa e comparar depois com os praticados em vários locais de Lisboa, ou as questões laborais, ou o problema da assistência na saúde, ou…ou…ou..…etc.
SEM NUNCA IR A SÉRIO AO CERNE DOS PROBLEMAS NAS SOCIEDADES E ASSIM CONTRIBUEM PAULATINAMENTE PARA OS (para mim naturalmente) EXECRÁVEIS VENTURAs, TRUMPs, LE PENs, MELECHON, etc.
Como está a minha democracia, como anda a ser tratada a minha Constituição da República?
Boa semana. Saúde.
António Cabral (AC)
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