terça-feira, 28 de março de 2023

MARINHA
Costa, Marcelo, AR, Gouveia e Melo
(com a devida vénia ao autor)

Quer em relação à defesa nacional (DN) relativamente à qual muitos batem no peito, quer em relação às Forças Armadas (FA) que são uma das muitas componentes da DN e sobre a qual ainda mais batem no peito e largam bojardas frequentes, quer em relação ao sistema de saúde (SNS e privados e sociais), quer sistema de justiça, ordenamento do território, educação e formação das gerações, quer cultura, quer descentralização, etc., não há partidos políticos ou dirigentes políticos isentos de responsabilidades do estado do país. Concretamente Assembleia da República (AR).

Mas olhando aos últimos trinta anos o PS tem mais responsabilidades, e olhando desde 2015 até ao presente António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa têm enormes responsabilidades sobre o estado a que se chegou.
Por isso o título deste texto, onde acrescentei o almirante Gouveia e Melo pois vou debruçar-me particularmente sobre a Marinha. A recente bronca na Madeira com o patrulha Mondego é um ponto de partida, mas não o único.

Mas, pelo que se lê, logo a seguir à bronca chegou à Madeira um avião com material e peçs e (penso eu) pessoal especializado para reparar o que estava avariado. Aparentemente ficou reparado.
Bom hoje o navio saiu mas ….. teve de voltar para trás … rebocado!

Pelo que se lê por aí o governo terá autorizado a Marinha a proceder a uma despesa de 39 milhões de euros, entre 2023 e 2025, para adquirir serviços de manutenção de navios e "reparação e aquisição de sobressalentes". 
Mas não é um bolo inteiro, instantâneo, serão três fatias do bolo ao longo de três anos. 
Dizem por aí que para recuperação séria da esmagadora maioria dos degradados (a expressão que formal e recentemente a Marinha deu a conhecer é que os navios andam há muito tempo em MODO DEGRADADO) meios navais, no mínimo seriam precisos muitos mais milhões, certamente bastante mais do dobro tal o desinvestimento de décadas.

Sabendo-se como actua esta gente, a primeira fatia pode ser que chegue à Marinha, já as outras…… 
Entretanto, o patético comentador regurgitou . . . "esperemos . . . esperemos . . . esperemos". O povo usa dizer - esperar SENTADO!
E como sempre, palrou, a defender reforço na manutenção. 
Mas porque é que o senhor em vez destas trivialidades ocas não diz, publicamente, se já várias vezes nas conversas com o PM o alertou ou não para estes problemas? 

Desde 11MAR2023 que tenho estado a ler e reler as notícias veiculadas em diferentes orgãos de comunicação social, e li com a maior atenção as últimas sobre este inusitado acontecimento de 11 de Março passado. Uma data aliás curiosa.

A Marinha disse que os seus militares são treinados para lidar com riscos e operar em modo degradado. Repito, em MODO DEGRADADO.

A fazer fé,
> no que se lê nas notícias desde há anos,
> nas declarações das associações de militares,
> nas declarações de anteriores chefes da Marinha, como por exemplo designadamente sobre pessoal aquele (que nada incomodou os políticos) que foi Chefe máximo dos militares e recentemente substituído por um general do Exército,
> nas declarações de muitos políticos,

a conclusão que obviamente se tira ou melhor, confirma-se, que claramente a Marinha diz a verdade quando refere que vive há anos em MODO DEGRADADO
Direi mesmo, vive em MODO MUITO DEGRADADO
Mas então, aqueles militares estavam de facto bem treinados para ir para missão em navio degradado? Afinal, a Marinha treina-os ou não?

Com o reboque de hoje do patrulha Mondego de regresso ao cais revela muita coisa. Ou não? MODO DEGRADADO? Humm. . . 

Há naturalmente muitos aspectos que se podem considerar desta situação. Políticos desde logo. De forças partidárias, de chefias militares, sociais, mas sobretudo ponderarmos sobre o que são as actuais Forças Armadas nacionais.

Mas antes de mais interessa-me olhar à nossa história. 
E partilhar a minha visão.
Começar pelo princípio. Enquadramento histórico, porque se chegou a isto. E o ISTO não apareceu agora com as actuais chefias militares.

Em texto separado começarei por dar a minha visão sobre o período de finais do século XIX e século XX até 25 de Abril de 1974.
Outro texto se seguirá com a minha visão de 25 de Abril de 1974 até ao presente. 
António Cabral (AC)

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