sábado, 18 de março de 2023

EVIDENTEMENTE
O Chefe do Estado-Maior da Armada disse aos jornalistas que os 13 marinheiros que não embarcaram no NRP Mondego serão presentes à lei portuguesa e aos regulamentos disciplinares correspondentes.

"Este é um problema de disciplina. 

“Não há Forças Armadas sem disciplina. 

Mas concordando inteiramente com as frases supra, grosso modo repetidas na entrevista à SIC, interrogo-me, quase perplexo, para que servirá fazer um discurso à guarnição do patrulha na Madeira, com aquele tom, e público?
Para falar à Marinha?

Há formas diversas de falar à Marinha sem dar espectáculo público.
O jornalista Vitor Matos disse na SIC que nenhum outro chefe militar faria aquilo. Creio que é uma estocada quase mortal.
Estará nisto, também, porque não foi a escolha de António Costa e de Marcelo para substituir o almirante Silva Ribeiro como Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas?

Creio que a transparência ficará integralmente servida e respeitada se tudo for executado de acordo com a legislação militar aplicável, entre portas e, depois, ser formalmente dado conhecimento ao país dos passos legais prosseguidos.

Sobre o que se passou e está a passar, é para mim inaceitável o que os 13 militares fizeram, independentemente da degradada situação material do navio. O próprio chefe admite claramente andar a Marinha em modo degradado, ainda que depois se vangloriasse ontem de uma boa prontidão dos navios. Mas esqueceu-se de entrar em detalhes rigorosos quanto a essa prontidão pois não é só ter motor pronto para navegar.
Tenho profundas reservas sobre o modo publicitário de actuar do chefe da Marinha. 
Temo que algo está muito mal.

Na entrevista à SIC, ontem, ainda que admita poder estar a ver mal as coisas, pareceu-me que o actual chefe da Marinha denotou nervosismo, pouco à vontade, diferente do que lhe era habitual.
Se eu estiver certo. . . . . 
Aguardemos.

AC

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