Um dia, já um bocado lá para trás, houve quem chamasse palhaço a Cavaco Silva. Salvo erro, ele não gostou mas tudo deu em nada.
Ele (Cavaco Silva) como todos nós, tem direito a enxofrar-se com certas críticas mas sendo uma figura pública, tendo sido titular de órgão de soberania por diversas vezes, tem a obrigação de saber que haverá sempre quem goste dele e gente que não.
Mas isso não é para mim importante, "faz parte" como diz o povo.
O importante é se na vida pública, se no desempenho das responsabilidades para que foi eleito, um político tem comportamento adequado e condizente com o texto Constitucional, se é uma pessoa coerente nas suas acções, nos seus actos, se é intelectualmente honesta.
Vem isto a propósito do actual Presidente da República, pessoa que lida mal com a verdade, pessoa que inventa o que lhe dá na real gana e quanto ao respeito pela separação de poderes. . . . . tem dias.
Transformou-se num palrador, e esquece-se que há registos do que vai debitando e que, em regra, é pelo menos duas ou três vezes por dia.
Tornou-se insuportável, ainda que muita da bovinidade nacional adore.
A recente telenovela ou embrulhada sobre Lula da Silva foi um dos últimos exemplos da descarada ausência de vergonha na cara.
Fez, como está confirmado em video, o convite a Lula, criou a bagunça sobre o 25 de Abril na AR e, depois, desde que o inarrável Cravinho abriu a boca, comportou-se como se nada tivesse a ver com a coisa.
Insuportável.
Mas isto tudo e muito mais antes disto, já me irritava o bastante e mesmo assim confesso que por vezes ponderei se estaria a ver mal as coisas.
Mas hoje, a leitura de uma descrição de um evento recente que teve lugar no Grémio Literário tirou-me as dúvidas.
Dúvidas que praticamente já não tinha depois de ler o discurso que este senhor proferiu em 1 de Março passado na cerimónia de tomada de posse do novo Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas.
Egocêntrico, hipocondríaco, anestesia diariamente a população portuguesa.
Insuportável. Votei nele para o primeiro mandato. Chegou.
Não quero ofender ninguém, nem "compéres", nem comediantes, nem palhaços.
Balsemão topa-o de ginjeira, e o que sobre ele Balsemão escreveu define bem a criatura. Criatura não confiável.
Deixo a propósito uma pérola antiga. Mas há muitas.
AC
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