Andando por aí um certo ou mesmo grande reboliço sobre imobiliário, sobre dificuldades no âmbito da habitação, lembrei-me dos meus tempos em que pagava renda a um senhorio, coisa que terminou há quase quatro décadas.
E deu-me para gastar um certo tempo a passar os olhos por legislação sobre o assunto, e o "pacotinho" deste governo sobre a coisa. A minha conclusão primeira é . . . Uff! Adiante.
Ao recordar os tempos em que pagava renda, veio à memória o célebre dia 8 de cada mês que, creio, a esmagadora maioria dos meus concidadãos tem na mente como sendo o dia de pagar a renda.
E não é bem assim.
A questão é - até quando se pode pagar a renda de casa ao senhorio?
Formal e legalmente o senhorio deve ser ressarcido no primeiro dia útil de cada mês, melhor dito, a renda vence-se no 1.º dia útil do mês imediatamente anterior a que diga respeito.
Formal e legalmente o senhorio deve ser ressarcido no primeiro dia útil de cada mês, melhor dito, a renda vence-se no 1.º dia útil do mês imediatamente anterior a que diga respeito.
Mas como temos o famoso - calendário - o primeiro dia do mês pode por vezes calhar num feriado, ou num dos dias de fim de semana e, portanto, há que então fazer contas.
Se o 1.º dia do mês calhar a um feriado, Sábado ou Domingo, avança-se até ao 1.º dia útil.
O mais curioso é que o limite para pagamento de renda pode ser o dia 9 do mês, basta para tanto que o dia 1 tenha sido numa segunda-feira.
Se o dia 1 cair num Domingo, o 1.º dia útil será a segunda-feira seguinte, ou seja o dia 2. Significa então que somados 8 dias o último dia para pagar a renda ao senhorio é dia 10.
Mas pode até ser a 11, ou a 12, se o dia 1 do mês calhar num Sábado ou numa 6ª Feira que seja feriado.
Mas voltando ao sururu sobre as casas, nada como uma boa e muito longa caminhada por aí para avaliar ainda que superficialmente o tema, que é complexo.
Caminhada que fiz no burgo onde resido e onde observei habitação nova e observei o casco velho.
Depois, gastei bastante tempo a percorrer os olhos por algumas dos milhares de fotografias que tenho sobre imensas cidades, vilas e aldeias do Portugal Continental.
Admito, como sempre, que posso estar totalmente enganado mas, aumenta a minha convicção de que este problema de habitação é sobretudo premente em Lisboa e na área metropolitana de Lisboa.
Não estou a afirmar que é inexistente em outras áreas.
Em cima disto, a esquerda violentamente a cair nos costados de Costa.
Tão amigos que eles eram.
Mas posso estar enganado.
AC
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