CARTAS ?

"Penso que quando o primeiro-ministro manda a carta é porque tem a sensação de que a comissão está disponível para estudar o problema, se não não a mandava", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas durante uma visita à Vindouro, em São João da Pesqueira.

Admito sempre poder estar enganado, estar a ser injusto com alguém.

Isto dito, acabei de ler na NET que o actual PM, o tal político mais hábil de sempre, endereçou uma carta à UE sobre a questão nacional - habitação.

Provavelmente por deficiência minha não consegui descobrir a dita carta, pois presumo que será do conhecimento público.

Portanto, não conhecendo o teor do escrito, que creio é um pedido de ajuda para solucionar este problema nacional, é sempre delicado pronunciar-me sobre algo que em concreto desconheço.

Mas atenta esta ressalva, e parecendo certo que há um pedido de ajuda por escrito para resolver a habitação em Portugal, ocorre-me se o PM não devia endereçar cartas equivalentes à UE para muitas outras áreas complicadas da sociedade portuguesa, a saber:

- SNS, médicos, enfermeiros, etc.

- matemáticos

- professores do ensino primário e ensino secundário

- juristas para Ministério Público

- funcionários judiciais

- funcionários para a máquina fiscal

- mais juízes

- radares para todas as auto-estradas e estradas nacionais de modo a ter cobertura de 100 em 100 Km

- funcionários para o sucessor do falecido SEF

- voluntários para as forças armadas 

- voluntários para a agricultura

- voluntários para construir barragens

- voluntários para fazer o cadastro nacional e acabar com esta coisa de que em muitas áreas do país não se sabe quem é o proprietário

- mais Falcons para as crescentes viagens ao estrangeiro por parte dos titulares de órgãos de soberania.

Ah, já agora, juntar um pedido para candidatos às eleições presidenciais de 2026, outro para governantes, outro para deputados, outro para autarcas.

Ok, concedo, tudo isto supra é uma bocado forte.

Mas, peço que me desculpem, não há nisto da carta algo de caricato?

Sim, digo só caricato, porque o que me apetece dizer daquele que "pensa" e daquele que escreveu, não o posso aqui exprimir.

António Cabral (AC)