sábado, 21 de setembro de 2024

INCÊNDIOS. RIGOR. ISENÇÃO.
Quando alguns escrevem que "Montenegro reinventa a roda e cria equipa de investigação que já existe" no meu entendimento estão a escrever com verdade. Nesta frase.
Porquê?
Porque do passado já existem grupos de trabalho ou coisa parecida envolvendo representantes pelo menos da PJ, GNR e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Formalmente "há muito que existe uma infra-estrutura de combate e investigação montada para investigar as causas dos fogos".
A PJ com os agentes do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, investigam as causas dos incêndios florestais. Investigam.

Luís Montenegro "admitiu criar uma «equipa especializada em aprofundar com todos os meios a investigação criminal à volta dos incêndios florestais".

Obviamente, que é Luís Montenegro o culpado "por os agentes do SEPNA/GNR «lutarem com falta de meios para o exercício das suas funções de investigação criminal, como se verifica por exemplo com a falta de botas ignífugo, cujo prazo de validade de cinco anos, está largamente ultrapassado, e sem que a GNR proceda à entrega de novas botas».

Adivinhem quem governou (???) de finais de 2015 a 10 de Março passado!

Quem escreve tão apressadamente coisas como as que acima reproduzo faz esse exercício por puro ódio ideológico. Esquece, rigor, verdade e isenção. Isso não interessa para nada como dizia o engenheiro (???) Sócrates.

Começo pelo homem agora na residência oficial de S. Bento.

Parece-me evidente que um estadista antes de anunciar uma dada medida devia ter pelo menos a competência mais o bom senso de mandar investigar se do governo cessante ou governos anteriores havia estruturas, mecanismos, organizações, que andassem a tratar de investigações sobre os incêndios florestais. 

Creio indesmentível que o não fez. Lamentável, e diz bem de como continuamos, e continuamos MAL.

Em 2021 parece ter sido "injectado" novo fôlego na equipa SEPNA / PJ / ICNF, um renovar de actividades/ objectivos, devendo os esforços dessa equipa continuar até ao final de 2025.

Mas voltando aos apressados a atirar-se ao actual PM basicamente porque sim, não deixa de ser igualmente muito lamentável que:

- não se insurgissem insistente e reiteradamente no passado pelas deficiências como as por exemplo acima apontadas e que tem um único culpado, António Costa e os seus governos; não tiveram tempo para virar a página por exemplo das botas para a GNR,

- que não se insurjam para que sejam publica e integralmente conhecidas as conclusões sobre os incêndios florestais de 2023, 2022, 2021, 2020, 2019, 2018, 2017.

É como estamos, é como continuamos, infelizmente.
António Cabral (AC)

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