segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Guerra  RÚSSIA - EUA (via Ucrânia)
Já o escrevi diversas vezes, mas nunca é demais repetir: não há história, passado de séculos, laços profundos culturais, sociais, étnicos  etc., que justifiquem no século XXI uma invasão, uma agressão militar.

Vem estas linhas a propósito do que li via internet e que agora reproduzo:
- NATO em guerra contra os russos? 
Alerta de Putin é "forma de criar medo na totalidade dos países" da aliança atlântica.
As explicações são de Arnaut Moreira. 
Em declarações à TSF, o major general refere que a afirmação do presidente russo faz parte da estratégia da "guerra psicológica" de Putin.

Cidadão comum e ignorante destas coisas, e ainda por cima esmagado pela sapiência da maioria dos comentadores civis e militares sobre este assunto e outros conflitos, quem sou eu para discordar de tão doutos pareceres.

De qualquer modo, nesta guerra e, creio, que particularmente desde o início de 2023, uma das coisas que está no auge há meses e sempre a ferver é a guerra psicológica, quer por parte do inarrável Putin quer por parte do não menos inarrável Zelensky.

Muita gente estará esquecida, ou é ignorante, e as camadas mais jovens é quase certo que desconhecem.
Até à queda do muro de Berlim, até ao desmantelamento do Pacto de Varsóvia, houve uma guerra latente iniciada logo depois do fim da II GG.

A URSS abocanhou os "Bálticos" e, à sombra do Pacto de Varsóvia, aquilo que hoje é a Federação Russa, mais os vários países acabados em "Tão", mais Hungria, Polónia, Roménia, a então Checoslováquia, a então Alemanha Oriental (democrática . . . ??) (esqueci algum?) 
estava sob a "democrática pata" moscovita, uma santa irmandade, sendo que a Albânia e a então Jugoslávia viviam uma ligeira e suportada autonomia face a Moscovo.

Checoslováquia e Hungria tiveram a dada altura uns arroubos de independência . . . . foram . . . . "democraticamente acalmados"! 

Do lado dos EUA, não houve invasão de países Europeus, mas a NATO estava/ esteve às portas do "Urso". A designada Europa Ocidental estava (e continua) subordinada aos ditames e interesses dos EUA, a Europa viveu/ vive sob o "protector chapéu nuclear americano".
Houve mísseis americanos estacionados na Alemanha, mísseis americanos estacionados na Turquia etc. Do lado de lá, equivalência.

Houve uma guerra, uma guerra fria, teoricamente entre o Ocidente (EUA+Europa+Canada+ Austrália+ Nova Zelândia) ou com outra semântica essencialmente EUA contra URSS.
Essa guerra viveu alguns momentos muito perigosos mas, felizmente, não se chegou a puxar o gatilho. De nenhum dos lados.
E houve muita guerra psicológica, muita propaganda, muito estímulo para o crescimento do sistema militar industrial sobretudo americano.

Não caíram mísseis em qualquer das duas grandes partes opositoras.
Mas houve nesses anos coisas curiosas nunca esclarecidas.
Quantos submarinos americanos e da URSS desapareceram sem uma explicação plausível, confessada? Talvez danos colaterais, adiante.

Dizem os comentadores caseiros que é tudo guerra psicológica do Putin. Há muita, obviamente mas, e do Zelensky, e do lado ocidental?

Não é por acaso que, se lá no fundo aos EUA apetecerá imenso dizer - oh Zelinho, podes atirar alguns dos nossos mísseis, não muitos, e não para Moscovo nem centrais nucleares - estão e continuam muito renitentes e a ponderar o assunto pois, certamente, assim que começassem a cair mísseis mais perto de cidades importantes ou mesmo dentro de Moscovo, Putin não iria ficar muito calmo, pois não? 

Qual seria o salto na escalada militar, do lado de Putin?
Oh, como dizem os famosos especialistas caseiros, Putin ficar-se-ia pela PSIQUE?
Hummm . . . . .

Aguardemos, e aguardemos que haja ponderação, ou estaremos fritos.
AC

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