segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

TSIPRAS e SYRIZA
Que me perdoem os gregos se estou a escrever mal os nomes do dirigente e partido que ontem tiveram estrondosa vitória eleitoral.
Como fatalmente acontece, cá e também lá fora, uns viram a coisa belíssima, agora é que é, tal como quando, de frente, admiram extasiados um pavão no máximo do seu esplendor.
 Outros, apressam-se a realçar que sim, o pavão é lindo, mas olha-o agora por trás. Horror.
E andamos sempre nisto.
Naturalmente que, a meu ver, de um e outro lado, existirão argumentos razoáveis. Mas o que me delicia é sempre, de um e outro lado, o vigor posto por todos nas respectivas declarações e na defesa das suas damas, sempre em tom definitivo. Ah, e o apontar as derrotas estrondosas deste e daquele.
Eu que sou um simples cidadão, tenho muitas dúvidas quanto à bondade do que aconteceu ontem, ou se é um cataclismo. Não me parece que dali venha boa coisa em termos Europeus, mas não há nada como aguardar umas semanas.
Todos os estados tem a sua soberana legitimidade nas decisões internas. Certo.
Mas recordaria que foi no tempo de José Sócrates que ufanos contribuímos para o acentuar da nossa pequenez com o tratado de Lisboa. Se fosse com outro partido o resultado era provavelmente o mesmo.
Se não estou enganado, nas reuniões e para efeitos de votação Alemanha vale 7 votos, Portugal vale........1. Só para lembrar os que se fazem esquecidos.
E já agora, lembrar também que a riqueza não aparece do acaso, por milagre.
Uma coisa elogio nos vencedores de ontem.
A fazer fé nos OCS (de que desconfio sempre) o partido vencedor que é uma amálgama, salvo erro de 13 movimentos/tendências, já terá conseguido um acordo para apoios parlamentares e, aparentemente, toma posse hoje ao fim do dia. CHAPEAU!
Aqui, neste meu desgraçado País, nem muitas vezes um mês chega para constituírem governo. Desculpem, PORRA para esta gentinha de silicone ou gelatina vertebral.
AC

Sem comentários:

Enviar um comentário