quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A propósito da liberdade de consciência, de religião e de culto
A CRP, no nº 4 do seu artº 41º estipula - "As igrejas e as outras comunidades religiosas estão separadas do Estado e são livres na sua organização e no exercício das suas funções e do culto".
No nº 5 do mesmo Artº estipula-se a liberdade de ensino de qualquer religião.
Parece-me correcto, nada contra.
Acrescento, que eu saiba, a esmagadora maioria da população portuguesa é católica, Basta viajar pelo Continente e pelas ilhas para verificar a imensidão de igrejas que estão implantadas.
Portanto, formalmente, separação das confissões religiosas do Estado.
A meu ver isto devia impedir que os governos e ou as câmaras municipais entrassem com um cêntimo que fosse para manutenção de igrejas.
Naturalmente, como a vida não é preto e branco, nada me repugna que em determinadas circunstâncias a igreja católica portuguesa seja ajudada aqui ou ali na manutenção de alguns templos. Para além disso, alguns são majestosos monumentos, património muitas vezes único. Acho portanto muito bem.
Falo assim de uma necessária avaliação equilibrada das coisas e caso a caso, e que não deve ser a norma. Parece-me adequado, dado o lastro da nossa história.
Quando falo da manutenção das igrejas, não coloco à parte eventuais necessidades de apoio à mesquita em Lisboa, etc.
Mas já me parece que será desrespeitar totalmente a CRP, e com grande estrondo, uma eventual construção de igreja ou de uma mesquita a cargo do Estado, representado seja por quem for. 
À luz da CRP, creio bem que o OE não deve contemplar rubricas para esse fim.
Mas, pelos vistos, parece que também nesta matéria os políticos desavergonhados que temos prosseguem, inchados e balofos, com o seu populismo, a sua cobardia, a sua inultrapassável pouca vergonha. Cumprir a CRP? Ah...ah...ah.....
AC
(actualizado ás 1810)

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