Ter um blogue, ter opinião, tentar não ser cerceado na informação.
Como referido no dia da minha emancipação bloguista, em 11 de Dezembro 2013, decidi-me a criar um blogue sobretudo devido à minha amadora devoção à fotografia, mas também para não vir eventualmente a causar problemas ao amigo que durante anos abrigou as minhas opiniões, os meus desabafos, as minhas iras de cidadão. Ainda que continue a crer nunca me ter excedido disparatadamente nos textos que lhe fui remetendo.
A democracia tem regras que, sempre que as coisas lhes desagradam, muitos fazem por esquecer. Mas já lá dizia o "outro", parece continuar a ser o sistema menos mau. No caso nacional, a democracia formal parece funcionar, órgãos de soberania, e muitas outras instituições.
Mas, desculparão, e não sendo dos que me deva queixar mais quando olho para o "lado", creio bem que estamos bastante mal em termos de sociedade. Os gráficos correctos e estatísticas do INE por exemplo, não me parece que indiquem coisas tão dramáticas como alguns sectores por vezes clamam. Mas também não engulo as delícias anunciadas por Belém, SBento, Governo (?).
Tenho as maiores desconfianças pela esmagadora maioria dos titulares dos órgãos de soberania.
Ter um blogue, desabafar, colocar à consideração dos outros perspectivas pessoais, nada resolve na realidade que nos cerca. Na chamada envolvente. Não tenho a menor dúvida.
Mas perscrutar a "blogosfera", nacional e estrangeira, diz-me o que muitas das vezes não consigo saber na comunicação social portuguesa. E este é, a meu ver, um dos sintomas das doenças da sociedade portuguesa contemporânea.
A tragédia nacional, creio, está na enorme falta de cultura, falta de educação, deficiências de formação, que leva a que tantos dos meus concidadãos esqueçam sucessivamente a banditagem política que nos desgraça em cada mandato ganho nas urnas. Ganho nas urnas com promessas que antecipadamente sabiam não poder cumprir.
E os meus concidadãos continuam a creditar. E isto angustia.
Para além da malandragem que nos tem desgraçado desde o 25 de Abril de 1974 (nem vale a pena falar dos mais para trás), daqueles que por aí andam como comentadores ou nos programas de TV, ou nos telejornais (presidentes de câmara, sindicalistas eternos, escribas sempre do contra, candidatos a lideranças, messias, os que olham a água a passar por baixo das pontes, etc), para além das poses, da propaganda, da telegenia e de contarem com jornalistas que nunca os apertam com perguntas específicas, alguém sabe das respostas concretas desses senhores sobre (ordem aleatória):
1. porque não se diminui o nº de câmaras municipais?
2. porque não se reduz o nº de deputados para o mínimo estabelecido na CRP?
3. porque não há um só mandato presidencial por exemplo de 7 anos?
4. porque permite a legislação a forma e dimensão das "governanças" das empresas em Portugal?
5. como tratar a dívida? E o desemprego?
Fico por aqui. Como bem assinalado, "Recomeça..........se puderes, sem angústia e sem pressa, e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não
alcançares não descanses, de nenhum fruto queiras só metade." MIGUEL TORGA
Existe uma diferença abissal, entre homens de corpo inteiro e pequenotes que pululam a vida política e muitas empresas que o erário publico suporta.
Infelizmente são imensos desses que dominam as instâncias de poder, aliados a escritórios e "donozinhos" disto e daquilo. Existem umas quantas honrosas excepções, mas são bastante menos que a maioria bafienta.
O que me desgosta é assistir a lutas pequeninas e estúpidas, alimentadas por fações esquisitas. Como se não houvesse outra dimensão para melhorar a nossa sociedade.
Os meus desabafos nada resolvem. Eu sei. Aliás, os blogues de boa qualidade creio que também pouco arrefecem os poderes instituídos, os actuais e todos os anteriores. Mas, lá está, como dizia o ratinho, "qualquer bocadinho ajuda,......e mijou no mar".
Estadistas em Portugal? Os comandados, os cidadãos comuns têm muita culpa no cartório.
Isto dito, nada mais,..........pintassilgos não são pardais.
António Cabral (AC)
A democracia tem regras que, sempre que as coisas lhes desagradam, muitos fazem por esquecer. Mas já lá dizia o "outro", parece continuar a ser o sistema menos mau. No caso nacional, a democracia formal parece funcionar, órgãos de soberania, e muitas outras instituições.
Mas, desculparão, e não sendo dos que me deva queixar mais quando olho para o "lado", creio bem que estamos bastante mal em termos de sociedade. Os gráficos correctos e estatísticas do INE por exemplo, não me parece que indiquem coisas tão dramáticas como alguns sectores por vezes clamam. Mas também não engulo as delícias anunciadas por Belém, SBento, Governo (?).
Tenho as maiores desconfianças pela esmagadora maioria dos titulares dos órgãos de soberania.
Ter um blogue, desabafar, colocar à consideração dos outros perspectivas pessoais, nada resolve na realidade que nos cerca. Na chamada envolvente. Não tenho a menor dúvida.
Mas perscrutar a "blogosfera", nacional e estrangeira, diz-me o que muitas das vezes não consigo saber na comunicação social portuguesa. E este é, a meu ver, um dos sintomas das doenças da sociedade portuguesa contemporânea.
A tragédia nacional, creio, está na enorme falta de cultura, falta de educação, deficiências de formação, que leva a que tantos dos meus concidadãos esqueçam sucessivamente a banditagem política que nos desgraça em cada mandato ganho nas urnas. Ganho nas urnas com promessas que antecipadamente sabiam não poder cumprir.
E os meus concidadãos continuam a creditar. E isto angustia.
Para além da malandragem que nos tem desgraçado desde o 25 de Abril de 1974 (nem vale a pena falar dos mais para trás), daqueles que por aí andam como comentadores ou nos programas de TV, ou nos telejornais (presidentes de câmara, sindicalistas eternos, escribas sempre do contra, candidatos a lideranças, messias, os que olham a água a passar por baixo das pontes, etc), para além das poses, da propaganda, da telegenia e de contarem com jornalistas que nunca os apertam com perguntas específicas, alguém sabe das respostas concretas desses senhores sobre (ordem aleatória):
1. porque não se diminui o nº de câmaras municipais?
2. porque não se reduz o nº de deputados para o mínimo estabelecido na CRP?
3. porque não há um só mandato presidencial por exemplo de 7 anos?
4. porque permite a legislação a forma e dimensão das "governanças" das empresas em Portugal?
5. como tratar a dívida? E o desemprego?
Fico por aqui. Como bem assinalado, "Recomeça..........se puderes, sem angústia e sem pressa, e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não
alcançares não descanses, de nenhum fruto queiras só metade." MIGUEL TORGA
Existe uma diferença abissal, entre homens de corpo inteiro e pequenotes que pululam a vida política e muitas empresas que o erário publico suporta.
Infelizmente são imensos desses que dominam as instâncias de poder, aliados a escritórios e "donozinhos" disto e daquilo. Existem umas quantas honrosas excepções, mas são bastante menos que a maioria bafienta.
O que me desgosta é assistir a lutas pequeninas e estúpidas, alimentadas por fações esquisitas. Como se não houvesse outra dimensão para melhorar a nossa sociedade.
Os meus desabafos nada resolvem. Eu sei. Aliás, os blogues de boa qualidade creio que também pouco arrefecem os poderes instituídos, os actuais e todos os anteriores. Mas, lá está, como dizia o ratinho, "qualquer bocadinho ajuda,......e mijou no mar".
Estadistas em Portugal? Os comandados, os cidadãos comuns têm muita culpa no cartório.
Isto dito, nada mais,..........pintassilgos não são pardais.
António Cabral (AC)
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