domingo, 9 de julho de 2017

AS FORÇAS ARMADAS (FA) SÃO O ESPELHO DA NAÇÃO (???)
Muitos certamente recordarão esta frase triste e o seu real significado.
Estava-se no tempo do António das botas, assim se dizia na altura. Botas muito amparadas por outras botas.
Hoje, Domingo de manhã, depois de um belo forte mas equilibrado pequeno almoço, na aldeia, como estamos de Nação, de FA? Que País?
Tomei o café, e fui passar os olhos pelos OCS nacionais (online) e pelos apontamentos que tirei ontem depois de pesquisas equivalentes.
Tudo visto e ponderado, e escrevo-o com profunda amargura e designadamente por razões pessoais, já não tenho dúvidas que no essencial estamos outra vez na mesma. Aparentemente, só não exiate polícia secreta a perseguir opositores. Aparentemente.
As FA mostram-se bem como o espelho da Nação.
Sinais? Muitos.
O tonitruante e eterno presidente da associação 25 de Abril, coloca as coisas sobre Tancos numa perspectiva terrível e, creio cada vez mais, com uma elevada probabilidade de corresponder à realidade acontecida.
O ministro da defesa (MDN) num registo desesperado, afirma que demitir o chefe do Exército nunca em tempo algum, enquanto o PR e o seu irmão gémeo comandante supremo das FA estão caladinhos, e apoiantes de investigações doa a quem doer, mas sem amparar nem o ministro nem generais. Ainda por cima tem lá em Belem, periodicamente, o general que pediu já para passar à reserva e foi aceite de imediato. Parece que do mesmo curso do CEME.
Na Força Aérea prisões várias. Ao que se diz, na Marinha, e desde há bastante tempo, certas coisas não andarão muito bem, desde material a gestão de recursos humanos, desde atribuição de certas medalhas a outras coisas. No Estado-Maior General das FA, pelo que tem parecido, também haverá situações e aspectos administrativos de duvidosa legalidade ou, pelo menos, aparentemente muita trapalhada burocrática de faz e desfaz.
Quanto a roubo de armamento e outro material, vai-se chegando à conclusão que não é de agora.
Com cerejas em cima de bolo, neste caso um bolo com odores a podre, temos por exemplo: oficiais fora do serviço activo a manifestarem desejos de intentona pacífica; oficiais a descarregarem para o facebook as suas angústias e o seu jeito para poemas; outros a anunciarem a jornalistas as suas decisões a tomar dias depois; um general a falar a deputados à porta fechada com uma ingenuidade infantil e, portanto, a ver depois escarrapachado nos jornais os seus estados de alma.
Mas, também, quem lembre a falta de peso político deste e de outros MDN, uma carta aberta violentíssima dirigida ao actual CEME escrita por um oficial reformado da FAP, que me parece certeira mas talvez exagerada. E, ainda, a dúvida de se nisto tudo despoletado pela cena de Tancos não existe também uma guerra surda entre generais do mesmo curso, um a chefiar, outros a coadjuvar.
Vemos coisas desta natureza no meio civil, na máquina do Estado, no meio político e partidário, nos governos, na AR, nos sucessivos titulares de orgãos de soberania.
Demissões?
Creio que neste momento, Marcelo e não só, estarão preocupados ou mesmo assustados, pois a colocar-se a questão de demissões em diversos e diferentes patamares, o problema é que isto parece estar tudo podre, civil e militar. Parece cada vez mais que existem muitas contas de twitter e de facebook onde se escrevem coisas para logo a seguir, quando descobertas as alarvidades, apagam e dizem que foi lapso. No MAI terá sido um dos exemplos mais recentes. Mas esta epidemia alastra no meio civil e no militar.
Falência? Claro que não, dizem os doutores do costume, civis e militares. Mas.......
Uma coisa me parece evidente. As fugas de informação sobre a audição do CEME serviram sobretudo ao governo, embora se ponha a correr que as delações terão partido das oposiçòes ou dos apoiantes da geringonça. É o que temos, mas poucos merecem.
AC

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