sábado, 8 de julho de 2017

PORTUGAL, PAÍS dos ACASOS, das COINCIDÊNCIAS
Roubaram um dos paiois de Tancos, e logo na 2a feira seguinte o general CEME e o conselho de generais se reuniu.
Não teve nada a ver com a coisa, a reunião estava programada há muito tempo!

Assaltaram Tancos, depois houve uns cowboys que disseram que iam preparar uma intentona pacífica. Depois desconvocaram a intentona, talvez porque alguém lhes deve ter recordado regulamentos e estatutos e, creio, repararam que, entre outras coisas, a associação do coronel Lourenço estava calada e a AOFA, com sentido de responsabilidade, demarcou-se da coisa.
Vai daí, há que reparar que o PR e o seu irmão gémeo comandante supremo das FA foram logo a Tancos e tem continuado a ir a várias unidades militares, incluindo um fausto de recepção aos militares que vieram do Kosovo. E lá foi a correr o MDN Azeredo Lopes. Marcelo dá cabo do homem.
Além disso, Marcelo convocou o conselho superior de defesa nacional, certamente há muito planeado, certamente nada tendo a ver com Tancos, cowboiadas, e com a crescente irritação da esmagadora maioria dos militares que, cientes de valores, ainda assim se pressente que têm cada vez maiores incómodos, mas não são arrivistas.

É tudo por acaso, tudo coincidências.
Como coincidência é, o habilidoso-mor estar caladinho que nem um rato, embora esteja por cá. É que assim passa o tempo, coloca trauliteiros a dar entrevistas infelizes, não corre o risco de lhe fazerem perguntas incómodas sobre assuntos e pessoas sobre os quais não quer falar em público.
Tudo tão tristemente previsível, manhoso, e desprezível.
AC

PS: adenda das 1730horas; escrevi acima...." Têm cada vez maiores incómodos"....... E não é que agora, pelo jornal Expresso online vejo que dois generais do Exército "já foram" , um já pediu para sair, e o outro anunciou que o fará na 2a feira; claro que, mais uma vez, em Belém estava-se ciente que os militares andam todos contentes pelo que a convocação do conselho superior de defesa nacional é mera rotina.
E, garante-me um amigo, os incómodos com chefia militar e com o estado das FA em geral não é só no Exército. Aguardemos. Será que se aproxima aquela fase em que, estando a panela a ferver, a tampa da panela quase a saltar, a nomeação de novos "patrões" passará a ser negocio menos certo, mesmo quando exista "promessa" - a seguir o cargo é para si?
Como digo, vamos aguardar, porque isto está curioso.

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