terça-feira, 25 de julho de 2017

O AMOR,  DELES E  DELAS
O amor é uma coisa linda. As promessas de amor, os deleites, as confissões públicas.

Quando vou jogar o euromilhões, no caminho até à máquina, particularmente quando a fila é maior, os meus olhos passam em revista a profusão de revistas que muitos chamam de cor-de-rosa, outros da "socialite". Tudo a fazer-me lembrar partido político embora na verdade, as caras delas e deles integrem a panóplia de cores completa.
Ele é o António que se confessa em público ao Fernando, ele é o Fernando que deixa entrever o sorriso de bochecha gorda e besuntada e quase beija o António, ele é a mãe que ela sim é que era a safada, ele é a declaração num sítio qualquer, e até aparecem uns convidados que não querem ser lixados mas lá estão a dar o nome à festa, tendo antes dado o nome a outros festeiros. 
Todos e todas orgulhosos nos sorrisos, e sempre aquele desvanecido "gosto tanto de ti".
Não há-de a Madona querer vir para cá passar umas temporadas!.
Quanto a cornos até parece que alguns ardem já para gáudio de certa gente ou....... gentinha?
Que tenho a ver com isto? 
Tenho, como cidadão, porque é a atmosfera crescentemente pantanosa, do telemóvel, do tablet, do cinzentismo, do boné na cabeça à mesa ou dentro de casa visitada (tive que lhe dizer que não havia cá Sol), do "se não és como eu que estou na moda".......do politicamente correcto, da ausência de epiderme à vista no meio do lençol de tatuagens, do regresso do respeitinho porque sim, das perguntas a que não respondem, dos buracos na rua que não tapam, das obras a nascer a quatro meses das autárquicas, do atravessar a rua para me vir cumprimentar (garantidamente, não vou votar nele), da pergunta - "não vais ao jantar dele?", etc.
Como eu gostava que nada disto fosse realidade.
AC

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