UM DESAFIO AOS JORNALISTAS (para alterar "isto"......)
Desafio aos jornalistas, nos OCS, porque quanto a blogues, alguns vão procurando deslindar algumas coisas que parecem mais estranhas, vão denunciando casos e situações, e desigualdades.
E, como eu, muitos estranham muito do que se está a passar.
Uma das questões recorrentes na vida política nacional (lá fora existe muito disto também) é a constatação de que o amigo, o antigo colaborador, o familiar, o conjugue, etc, vão ao longo dos anos ocupando cargos junto dos seus protectores e familiares.
A discursata na AR do rechonchudo ex-secretário de estado das finanças em dia não muito longínquo, dá bem nota do que é ser um fiel cão de fila, muito reconhecido, e com o pão à mesa garantido.
Olhando para outro lado, de repente, na ordem do dia, está aí uma sucessão na EDP, que comprovará ou não este FADO!!!
Sim, os amigalhaços de faculdade.
Olhemos ao que está em preparação.
E o que se passa na ERC? Finalmente parece que se vai compor, o quadro (presidente e mais 4 salvo erro) naturalmente, porque quanto ao resto veremos a seu tempo.
Existem várias curiosidades nestas coisas, e para nos centrarmos por exemplo apenas nos recentes e trágicos eventos, é ver as referências nos "media" sobre exonerações e nomeações.
Sempre, como lhes é habitual, de uma superficialidade atroz e crescente, deplorável, sem entrar a fundo nos antecedentes, quer da coisa quer das pessoas exoneradas e nomeadas.
Talvez venha a haver mais exonerações. Agora, novo MAI foi recentemente empossado, novo chefe existe também na ANPC, além de novo responsável operacional dentro da ANPC, o que acarretou azia imensa a Marta Soares!!!
Era bom que alguém um destes dias se pusesse à procura da corneta do corneteiro do rei Afonso Henriques, o qual não tocou para se parar com o saque habitual naquelas épocas simplesmente porque o decapitaram na peleja.!!!!
Por isso o saque na nossa sociedade prossegue no presente.
Quando se tocará a "fim de saque"???
Claro que o sr Carlos César, do cimo do seu altíssimo pedestal, e outros, virão dizer - mas os nossos familiares, os amigos, antigos colaboradores, colegas de faculdade, funcionários do partido, não podem ocupar esses cargos?
Claro que podem, e alguns o deverão fazer, pois certamente mérito e qualificações terão. Mas talvez uns concursos públicos, olhar sobretudo a qualificações, etc.
O problema é que essa gente têm famílias enormes e dezenas de amigos........e assim a coisa torna-se mais notada!!!
Se mudarmos a cor, para vermelho, laranja, azul, verde por fora vermelho por dentro, encontramos basicamente o mesmo figurino.
As coisas deviam ser transparentes, seguir normas específicas estabelecidas, caso contrário ficará sempre uma névoa passível de considerar coisas como, proteccionismo, nepotismo, corrupção passiva (não escamoteio a activa), amiguismo. Névoa que se vislumbra com facilidade, quando legitimamente se observa que determinadas pessoas passam anos numa mesma estrutura, ou sempre ligadas a certos dirigentes, ou a rodar de cargos públicos para privados e retorno a públicos.
Tal como desconfio de dirigentes sindicais décadas a fio à frente de um sindicato. E por aí fora.
Chinesices da minha parte, certo?
E a Tecnoforma?
E as refeições dos bombeiros?
E o negócio dos meios aéreos alugados ao longo de anos para a época de incêndios?
E o SIRESP?
E o presidente a dizer que é cedo para conclusões sobre responsabilidades no âmbito dos incêndios, porque o MP está a investigar?
E a inacreditável demora nas averiguações a Tancos, sem consequências nenhumas à vista? Não dói a ninguém, excepto aos cidadãos comuns que cada vez mais se distanciam da vida pública perante tudo isto.
E a avaliação inexistente dos professores?
E as rendas excessivas?
E os PDM? E os vários inexistentes planos das autarquias?
E os pornográficos vencimentos nos órgãos autárquicos de Lisboa?
E?...E?....E?.....E?......
Tenho poucas esperanças que os jornalistas queiram modificar profundamente este estado actual de grande podridão.
Pois nem sequer se organizam, a sério, como classe.
Fico-me por estes exemplos adicionais:
> o congresso de jornalistas realizado não há muito tempo e 19 anos depois do último (salvo erro); consequências/ melhorias concretas, para a classe, com reflexo para a sociedade?
> crescente ausência de rigor e profundidade na abordagem de assuntos e na envergonhada investigação (de que existe muito pouca);
> o caso, tempos atrás, dos 12 meses de Trump tão badalado nas TV e em papel e na rádio, é sintomático de ausência de estudo prévio e de rigor, quando essa inacreditável criatura ganhou a eleição em 8 de Novembro de 2016 mas só passou a ser presidente a 20 de Janeiro deste ano.
> a quebra vertiginosa de vendas dos jornais em papel
> a locução/ dicção inacreditáveis a que se assiste nas TV (i.e. Estados Unidos = Tados...)
É o que temos, quanto a rigor, manipulação, desinformação e alheamento.
Uma coisa é certa, e periodicamente o escrevo neste blogue, e o afirmo em conversas: democracia madura, equilibrada, diminuindo desigualdades, procurando incrementar segurança e progresso, exercendo-se os poderes públicos e a vida dos cidadãos num quadro constitucional respeitado, só existe com liberdade verdadeira e com OCS livres, independentes, organizados, exercendo o escrutínio e a investigação.
Temos aqui, portanto, um dos graves problemas nacionais.
Podem/ Querem os jornalistas inverter a situação presente?
E os partidos? Estão confortáveis com isto, não é?
António Cabral (AC)
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