terça-feira, 16 de janeiro de 2018

E TUDO COMEÇOU
Arrancou em 1418. Faz este ano 600 anos.
Depois da tomada de Ceuta, a colonização de Porto Santo e da Madeira. Começou nessa altura a gesta dos Descobrimentos. Portugal virou-se para o Atlântico. Desatou a ir mar aberto dentro. 
Uma epopeia a ter presente, a celebrar.
Exemplo do que um povo pode conseguir, com esforço, e muito trabalho, e muita desgraça e morte de muitos dos seus.
Mas as epopeias e glórias do passado não nos colocam hoje o pão na mesa. 
Não nos tornam no presente uma sociedade desenvolvida.
Sem definição de rumo, sem esforço e trabalho no presente, sem lutar para diminuir as desigualdades, não vamos lá.
Sem definir os nosso interesses não vamos lá. 
Se continuarmos com os grupelhos de interesses, a defender apenas as suas capelinhas, a servirem-se e não a servir, não vamos lá.
Podem continuar ortodoxos, podem gritar histericamente, podem anunciar a vinda do diabo, podem dizer que viraram a página, podem recomendar atirar a alma para o purgatório, não vamos lá.
Podem continuar a juntar-se unanimemente a defender as suas luxuosas sandes baratinhas, os seus privilégios, e a manutenção das suas pensões, mas não vamos lá.
Continuando a não ser unânimes no serviço à sociedade, nunca iremos lá.
Aonde iremos, onde continuaremos? No pântano.
AC

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