A todos é legítimo ter uma opinião.
Mas mais que legítimo, para mim, é imprescindível que se respeitem opiniões de quem expõe argumentos de forma educada, procurando ser isento, e que reconheça sem pruridos que, aqui e ali observou mal, ou ponderou deficientemente, e que melhor depois alicerça as suas opiniões.
Porque todos somos passíveis de nos precipitarmos.
Vem isto a propósito do que vou observando por aí.
Um caso, muito mediatizado, a questão do ex-vice -presidente Angolano, Manuel Vicente.
Outro, igualmente desencadeando paixões, os assédios sexuais designadamente ao nível do chamado "estrelato" e todas as correntes pró e contra.
Outro ainda, pouco ou nada nos OCS nacionais, as lutas, as intrigas, o descontrolo, relativamente ao património nacional.
Finalmente um, que foi muito falado, e que agora, tendo feito apenas uma nódoa negra muito pequenina a quatro na escala hierárquica inferior, é dado como um não caso. Com a maior das latas! Sim, Tancos.
Não me estou nas tintas para nenhum desses casos.
Como para nenhuma situação das inúmeras e escandalosas que grassam no meu desgraçado País.
Pessoalmente não consigo ter qualquer intervenção directa concreta que, do meu ponto de vista, corrigisse as coisas para futuro.
Mas não me calo.
Oxalá quem melhor que eu sabe coisas, quem ainda mais que eu podia intervir a certos níveis, se mexesse, e começasse por também escrever, argumentar. Ensinar.
A história dos vimes, que aprendi muito menino.
Mas não, verifico com muita tristeza, um progressivo apagamento, conformismo.
Pensarão que não lhes toca? Ou aos seus, a breve trecho?
Não ligam ás regras em sociedade, abdicam de procedimentos, de condutas, esqueceram os fios condutores de postura digna, de pessoas com coluna vertebral?
Resignam-se ao arbítrio?
Eu não.
António Cabral (AC)
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