PORTUGAIS, outra reflexão
O presidente da República incentiva-nos, a todos, a reinventar o País. Quer para futuro um Portugal diferente, certamente melhor. Quem não quer? Quase todos queremos melhor, na vida pessoal, familiar, na sociedade em geral. Mas, também, vejo muitos que pela sua prática não parecem querer.
Quando nos falha alguma coisa aí é que damos valor ao que desapareceu, ou perdemos, que não há.
Muitos clamam que Portugal é um país moderno. Em alguns aspectos comungo da opinião.
Mas, andando por aí, não à procura de emprego na EDP, ou junto de amigalhaços que emprestam o carro com condutor sempre que for preciso, ou à mesa dos vários orçamentos que por aí existem à vista ou ás escondidas, ou em IPSS, mas sim andando por aí, não nos sítios finos das cinco maiores cidades, mas nas suas periferias onde a PSP pouco vai e onde ás vezes é assustador.
Ou andando por distritos como Vila Real (não para contar histórias curiosas), Bragança, Guarda, Castelo Branco, Beja, Viseu, Faro, Viana do castelo, onde se depara com cruéis dualidades, desigualdades, situações inacreditáveis.
Portugal continua, no meu entendimento naturalmente, um País muito frágil.
Andando por aí damos melhor conta do desordenamento sócio-territorial e do despovoamento, das fraquezas em muitos serviços.
Tendo a oportunidade de andar por aí, seja em Miranda do Douro, ou Porto, ou Aveiro, ou nas "raias" ou Vila Viçosa, para dar 5 exemplos de áreas, alojamentos diversos, restauração, equipamentos culturais e de lazer, estrelas, localização e custos, podemos melhor ponderar sobre muito do que se diz sobre a explosão turística, os empregos sazonais, os vencimentos, a preparação profissional, os anseios e angústias.
Demos saltos bons.
Mas muitos deslumbram-se com as constantes viagens que o Estado lhes proporciona, seja nas trabalheiras para idas e vindas a Bruxelas, seja nas trabalheiras dos postos por esse mundo fora, nas inúmeras reuniões que nem dão tempo para apresentar relatórios e dificultam verter para legislação nacional as decisões da UE.
Ou nas canseiras que é viver em Lisboa e receber subsídio porque se tem uma casa no Minho por exemplo, ou as canseiras de pagar a vidinha com cartão de outrem.
Falam muito do interior mas, será que o conhecem, de facto?
Viajam tanto que até vão à OviBeja várias vezes no mesmo certame anual.
Quando nos falha alguma coisa aí é que damos valor ao que desapareceu, ou perdemos, que não há.
Muitos clamam que Portugal é um país moderno. Em alguns aspectos comungo da opinião.
Mas, andando por aí, não à procura de emprego na EDP, ou junto de amigalhaços que emprestam o carro com condutor sempre que for preciso, ou à mesa dos vários orçamentos que por aí existem à vista ou ás escondidas, ou em IPSS, mas sim andando por aí, não nos sítios finos das cinco maiores cidades, mas nas suas periferias onde a PSP pouco vai e onde ás vezes é assustador.
Ou andando por distritos como Vila Real (não para contar histórias curiosas), Bragança, Guarda, Castelo Branco, Beja, Viseu, Faro, Viana do castelo, onde se depara com cruéis dualidades, desigualdades, situações inacreditáveis.
Portugal continua, no meu entendimento naturalmente, um País muito frágil.
Andando por aí damos melhor conta do desordenamento sócio-territorial e do despovoamento, das fraquezas em muitos serviços.
Tendo a oportunidade de andar por aí, seja em Miranda do Douro, ou Porto, ou Aveiro, ou nas "raias" ou Vila Viçosa, para dar 5 exemplos de áreas, alojamentos diversos, restauração, equipamentos culturais e de lazer, estrelas, localização e custos, podemos melhor ponderar sobre muito do que se diz sobre a explosão turística, os empregos sazonais, os vencimentos, a preparação profissional, os anseios e angústias.
Demos saltos bons.
Mas muitos deslumbram-se com as constantes viagens que o Estado lhes proporciona, seja nas trabalheiras para idas e vindas a Bruxelas, seja nas trabalheiras dos postos por esse mundo fora, nas inúmeras reuniões que nem dão tempo para apresentar relatórios e dificultam verter para legislação nacional as decisões da UE.
Ou nas canseiras que é viver em Lisboa e receber subsídio porque se tem uma casa no Minho por exemplo, ou as canseiras de pagar a vidinha com cartão de outrem.
Falam muito do interior mas, será que o conhecem, de facto?
Viajam tanto que até vão à OviBeja várias vezes no mesmo certame anual.
Reinventar o futuro? Como bem dizia um jovem na noite de 6ª Feira na Sic Notícias - era preciso que eles quisessem mudar, mas não querem pois perdiam o que agora têm (mais ou menos esta palavras)
O Presidente tem-se esforçado por andar por aí, muito, com muitos afectos. Fala em Portugais.
Falo-vos eu, também, em muitos Portugais. Por exemplo, Soajo, Lamas de Mouro, Seixas, Góis, Barranco do Velho, Aguiã, Vinhais, Arcos, Mértola, Podence, Monsanto, Monfortinho, Carroqueiro, Penela, Coz, Cerdeira, Vila Flor, Gimonde, Ganfei, Quelfes, Curia, Mezio, Penalva do Castelo, Insua, Alcoutim, Aguas Frias, Ourém, Ucanha, Manta Rota, Troviscal, Figueira, Foz do Cobrão, Lixa, Remondes, Águeda, Ansião.
Ás vezes aparecem uns políticos a dizer que se devem chamar os bois pelo nomes. Mas é só conversa.
Grandes frases, como Portugal mais solidário, estratégia de futuro.
Mas como está Portugal, este desgraçado País que, discute as décimas do PIB, que faz as cativações, que foi mais além da Troika, onde alguns tentam nacionalizar tudo e mais alguma coisa à PREC 2017/ 2018, onde os muros de pedra vão desaparecendo um pouco por todo o lado, onde o interior está pejado de "monumentos" que outrora foram casinhas de pedra, ou de casinhas fechadas de uns quantos emigrantes?
Falo de territórios, de zonas, de áreas imensas onde não existe vida humana, ou está prestes a desaparecer.
Beja, tem dois cardiologistas, há 20 anos; o PM e os Pais do SNS clamam por várias coisas, mas não há mais médicos de certas especialidades naquela cidade capital de distrito. E as outras especialidades?
E que população tem Portalegre?
E que médicos espanhóis estão a dar consultas em certas zonas das raias?
E agora a criatura temporariamente residente em SBento anuncia pomposamente que vai mandar ou já mandou contratar enfermeiros? Não é tudo um bocado patético?
Portugais, sr Presidente?
Com freguesias com muito mais habitantes que muitas cidades do interior? Não resolvem isto? Não será uma necessária reforma do Estado? Não convém à maioria dos partidos actuais, não é?
O senhor Presidente sabe, os políticos todos instalados há décadas sabem, mas como são os donos disto tudo deixam ir andando.
Desgraçado País, em que a maioria dos meus concidadãos se deixa levar tão facilmente, desde o BE e PCP ao CDS passando pelos outros partidos.
Portugais existem, sim, muitos, quase tantos como o total das ditas elites. E mais os Portugais que estão a desaparecer, com serranias a serem gradualmente ocupadas por gente nada recomendável. Mas falam-me em ser inclusivo.
Eu vou é observando. E, claro, devo ser eu que estou completamente enganado, não crio expectativas. Pois.
Tenham um bom Domingo.
AC
O Presidente tem-se esforçado por andar por aí, muito, com muitos afectos. Fala em Portugais.
Falo-vos eu, também, em muitos Portugais. Por exemplo, Soajo, Lamas de Mouro, Seixas, Góis, Barranco do Velho, Aguiã, Vinhais, Arcos, Mértola, Podence, Monsanto, Monfortinho, Carroqueiro, Penela, Coz, Cerdeira, Vila Flor, Gimonde, Ganfei, Quelfes, Curia, Mezio, Penalva do Castelo, Insua, Alcoutim, Aguas Frias, Ourém, Ucanha, Manta Rota, Troviscal, Figueira, Foz do Cobrão, Lixa, Remondes, Águeda, Ansião.
Ás vezes aparecem uns políticos a dizer que se devem chamar os bois pelo nomes. Mas é só conversa.
Grandes frases, como Portugal mais solidário, estratégia de futuro.
Mas como está Portugal, este desgraçado País que, discute as décimas do PIB, que faz as cativações, que foi mais além da Troika, onde alguns tentam nacionalizar tudo e mais alguma coisa à PREC 2017/ 2018, onde os muros de pedra vão desaparecendo um pouco por todo o lado, onde o interior está pejado de "monumentos" que outrora foram casinhas de pedra, ou de casinhas fechadas de uns quantos emigrantes?
Falo de territórios, de zonas, de áreas imensas onde não existe vida humana, ou está prestes a desaparecer.
Beja, tem dois cardiologistas, há 20 anos; o PM e os Pais do SNS clamam por várias coisas, mas não há mais médicos de certas especialidades naquela cidade capital de distrito. E as outras especialidades?
E que população tem Portalegre?
E que médicos espanhóis estão a dar consultas em certas zonas das raias?
E agora a criatura temporariamente residente em SBento anuncia pomposamente que vai mandar ou já mandou contratar enfermeiros? Não é tudo um bocado patético?
Portugais, sr Presidente?
Com freguesias com muito mais habitantes que muitas cidades do interior? Não resolvem isto? Não será uma necessária reforma do Estado? Não convém à maioria dos partidos actuais, não é?
O senhor Presidente sabe, os políticos todos instalados há décadas sabem, mas como são os donos disto tudo deixam ir andando.
Desgraçado País, em que a maioria dos meus concidadãos se deixa levar tão facilmente, desde o BE e PCP ao CDS passando pelos outros partidos.
Portugais existem, sim, muitos, quase tantos como o total das ditas elites. E mais os Portugais que estão a desaparecer, com serranias a serem gradualmente ocupadas por gente nada recomendável. Mas falam-me em ser inclusivo.
Eu vou é observando. E, claro, devo ser eu que estou completamente enganado, não crio expectativas. Pois.
Tenham um bom Domingo.
AC
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