segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

LULA da Silva
Pelo que se noticia, parece que o ex-presidente Brasileiro está em maus lençóis. Parece, não é certo.

Para uns será uma tristeza. Para outros será um exemplo de aplicação de justiça. Vozes se levantam por esse mundo fora.
Congressistas nos EUA, multidões ululantes a favor e contra (como se sabe, nada difícil organizar estas coisas), embaixadores vários incluindo portugueses e, como não podia deixar de ser, o nosso paizinho da ONU, António Guterres, que acha inadmissível terem tirado o passaporte ao senhor.
Pessoalmente, admito que na coisa possa existir uma componente de política interna Brasileira.
Mas o que mais uma vez se verifica, tal como por cá, nunca os atingidos mostram a declaração completa dos seus bens no país e no estrangeiro e, da parte das autoridades que acusam, também (que eu saiba) nunca brandem publicamente a prova da escritura/ conservatória/ fisco em como um determinado bem é da pessoa que está em bolandas (ah, mas isso fere a esfera privada...pois).
Alguns, hipocritamente, valorizam apenas a esperança devolvida a milhões (o que de forma alguma deve ser desvalorizada, mas existem certamente outras coisas a ponderar), penso que a história do mensalão não será uma completa inventona, tal como as sucessivas broncas e escândalos.
É sempre de registar como algumas figuras públicas, nacionais e estrangeiras, atiram umas frases rápidas e sempre de grande elevação perante questões complexas e sobre as quais não é ilegítimo ter várias dúvidas.
Pessoalmente não crucifico o homem, e nada me espanta que à mistura exista no processo uma componente política, mas tenho as maiores dúvidas sobre a sua completa inocência.
Isto dito, a indignação de António Guterres quanto à questão da retirada do passaporte, se a manifestou exactamente como li, merece-me apenas um comentário: aos ricos e poderosos, não se toca? Isto lembra-me aquela cena nacional anos atrás do desgraçado que se tramou judicialmente por ter levado indevidamente cebolas (salvo erro, foi assim). Quanto a grandes é como se vai verificando, perdões de IMI, IRC, favores por baixo da mesa, etc. Grandes democratas.
Não há dúvidas, deixou raízes e fortes - para os amigos tudo, para os inimigos nada, aos outros aplique-se a lei.
AC
 

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