segunda-feira, 26 de março de 2018

AUTÊNTICA POUCA VERGONHA ?? SIM ou NÃO ??
Com esta história da ponte 25 de Abril volta-me à lembrança aquele general iraquiano falando com bonomia, calma e boa disposição para as câmaras TV, enquanto ao fundo se viam aparecer os blindados americanos.
De facto, a malandragem que nos desgoverna há décadas, alguns dos quais têm a lata de ser comentadores encartados nas TV, e sempre com a consciência tranquila (porque quase nenhum português investiga seja o que for, para apurar o que fizeram enquanto governantes i.e. Jorge Coelho), passa incólume a tudo. Uma vergonha, uma afronta.
Aparentemente, há seis anos que se sabe existirem necessidades de manutenção da 25 Abril. Os contra a geringonça, vieram logo berrar o costume e chamar toda a gente à AR. O carnaval e circo do costume na rua. Do lado da geringonça, só falta dizer que a ponte está mais nova do que quando inaugurada em 1966.
Estou convicto que não irá cair, para já, mas deve ter em alguns trechos do percurso rodoviário e ferroviário mazelas já preocupantes.
Neste meu desgraçado País estamos sempre nesta mentira continuada, nesta sacudidela de água do capote, neste alijar de culpas e responsabilidades. Nunca se diz a verdade - para não preocupar os cidadãos, deixá-los sossegados a ver telenovelas e os vários programas sobre futebol.
O caso de Mafra é outra vergonha, o pingue-pongue entre os catedráticos e doutores do património e os doutores do Tribunal de Contas. Quase apetece dizer - fartava-me de rir se cai um sino com estas ventanias.
Quando um chefe máximo de um clube de futebol diz que o treinador não está a prazo, normalmente quer dizer que andam há tempos à procura de outro.
Quando um chefe máximo de um clube de futebol diz manter a confiança total em alguém, provavelmente já trataram de acautelar tudo, esconder, garantir silêncios, etc. A curiosidade é eventualmente não ser empregue a frase da moda - estamos de consciência tranquila.
Quando alguém da banca afirma em pose pesporrente e segura que estão imunes a crises, quase certo que estaremos perto de lhes entregar mais uns milhões.
Quando um PM garante que o governo está coeso é sinal quase certo que vai haver mexidas.
Quando empresários garantem ter sucesso quando têm boas ligações políticas fica tudo muito claro quanto à independência da economia e das empresas versus governo e Estado.
Coerência, dignidade, verticalidade, serviço à sociedade, coluna vertebral, honestidade intelectual, assunção clara de responsabilidades são em Portugal, obviamente, patetices.
António Cabral

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