sábado, 24 de março de 2018

COISAS do MEU PAÍS
No meu País, deste e de governos vários que o antecederam, nunca se recebem explicações claras e fundamentadas sobre a realidade efectiva, que afecta as pessoas, as famílias, as empresas, hoje e no futuro.
Têm sempre a boca cheia da palavra estratégia, que vomitam a torto e direito. Mas não explicam as coisas ás pessoas. Direitinho.

Não lideram, não coordenam, só têm tempo para os "media" e inaugurações, e propaganda muita propaganda como hoje mais uma vez acontecerá a propósito da campanha da limpeza nas aldeias e florestas. Só têm tempo para deslocações faustosas ao estrangeiro.
Estratégia? Talvez mais além da propaganda muita arrogância, autismo, prosápia e incompetência.

Para começar não sabem ou esquecem que em estratégia não há certezas absolutas. Desconhecem até as origens do conceito Estratégia. 
Desconhecem na prática o que é coordenar e dirigir todos os limitados recursos da Nação. Como cada vez está mais à vista.
Ah, desculpem, há um que sabe tudo, o José Sócrates!!!
Não têm arte nem competência para desenvolver e usar o poder político, económico, e psicológico, que não seja para, quase sempre, fins obscuros.
Sabem lá o que são factores do poder nacional, sabem lá o que é o interesse nacional, os interesses nacionais, os objectivos nacionais, sabem lá quais os ingredientes da estratégia e os seus elementos, o objecto da estratégia, a sua finalidade, o que é estratégia global e estratégias gerais, estratégias sectoriais, não sabem nem estudam o que é da sua responsabilidade. 


Não sabem ou já esqueceram que a estratégia pode ser entendida como arte, ou como ciência, uma actividade, mas sobretudo um método articulado de pensamento e de planeamento de longo prazo.
Entendem-na sempre como a actividade para o frenesim mediático.  Só sabem do frenesim e da propaganda. Não sabem mais nada
Por isso não podem, e não conseguem explicar onde estamos realmente como País, porque chegámos aqui, a este estado em que estamos com todos os podres e dificuldades a vir à tona de água, se e como podemos sair do atoleiro. 
É só "clubite", não sabem explicar as coisas ás pessoas, em termos simples de riscos, de ameaças, de vontade nacional, de coacção, de consequências para cada possível cenário ou situação concreta, explicar direitinho a canalização dos empréstimos externos e o que isso nos esmaga como sociedade. Um desastre, enfim.
Até quando isto vai durar? Até quando esta assustadora bovinidade portuguesa vai durar?


Diz-se que estes governantes são mais habilidosos que os anteriores, que António Costa é um animal político. É sobretudo um enorme intrujão, coordena muito bem tudo o que está escondido  sobre a saúde, a educação, a economia. Coordena as aldrabices quanto à justiça, aos magistrados, ás forças de segurança, aos militares, aos reformados. Os seus amigos de Peniche que são o PCP, o BE e quase todos os jornalistas, aumentam as denúncias mas engolem cada vez mais sapos, como se verá quando o OE for à AR em Outubro. Designadamente o Tio Jerónimo bem grita contra a propaganda.
São eficazes, estes ainda mais que todos os anteriores de todas as cores, a destruir, a fingir, a enganar. Os reis do facilitismo.
Os reis que, quando as coisas se complicarem, começarem a ruir, lá fugirão para comer à mesa do OE e lá morarão nas casinhas e nos duplex e nos loft dos amiguinhos. Tendo os familiares e os amiguinhos bem encaixados, ou na EDP, ou na RTP, ou na TAP, e por aí fora.
Falando sempre do alto das suas cátedras, exibindo a sua descarada ausência de vergonha na cara, sempre polícias do politicamente correcto, exibindo as certezas aprendidas nas Jotas e na FAUL, sempre pregando dos seus púlpitos mas indo de férias bem pagas por outros.

A paciência treina-se, e por isso ganha logo outra resistência. 
É o que vou continuando a fazer, sempre com olhos e ouvidos bem abertos. Procurando entender, sem certezas absolutas, sempre pronto a olhar perspectivas outras, moldar opiniões, escutar e aprender, sempre, olhando ás convicções, e sem perder de vista valores base.
Continuo seguro de que - 
quem faz injúria vil e sem-razão, com forças e poder em que está posto, não vence; que a vitória verdadeira é saber ter justiça, nua e inteira ” (Luís de Camões, Canto X, LVIII, Lusíadas)

António Cabral (AC)

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