terça-feira, 25 de junho de 2024

IMPRESSIONISMO  e  IMPRESSIONISTAS
No mundo da pintura o "impressionismo" tem um lugar muito relevante. 

Houve dezenas e dezenas de pintores impressionistas como por exemplo, Eugene Boudin, Degas, Van Gogh, Korovin, Manet, Morisot, Monet, Pichot, Pissaro, Renoir, Otto Stark, Sorolla, etc.

No mundo contemporâneo, nas sociedades, e particularmente na sociedade portuguesa, temos vários pintores impressionistas, mas não dos que se entretêm com telas pincéis e aguarelas, aí deixando as suas interpretações do mundo e da vida. 

Não, os impressionistas a que me refiro divertem-se a escrever,  sempre do alto da sua superioridade moral e não só!

Um dos melhores impressionistas que por aí anda, e que é na minha opinião um bom historiador, é Pacheco Pereira.

Como dizem alguns e eu concordo, ele dá largas à sua conhecida veia de articulista sabe tudo. 
É um dos 50+50, com toda a legitimidade, naturalmente.

Vem sendo um dos mais encarniçados quanto aos problemas da Justiça mas, respeitosamente, muito preconceituoso.
Até porque o mundo da justiça é muito complexo.
E ele revolta-se contra o que considera ser o abuso de poder do "justicialismo" do MP.

Para Pacheco anda por aí muita palhaçada.
Insurge-se contra buscas, insurge-se contra escutas, insurge-se!

Não sou jurista mas sempre adorei direito e nele encetei alguns passos, mas a vida profissional que nunca quis abandonar não me permitiu atingir o que sonhei um dia de 1994.

Mas estudo alguma coisa dentro deste mundo da minha ignorância jurídica.
E percebo diferenças quanto a, inquéritos, crimes, participações, denúncias, buscas, regras do código de processo penal, diligências, normas do código penal, o que expressa a nossa CRP, investigações, suspeitos, indícios, provas indiciárias, etc.

Há uma coisa que sei, de que existe o Código do Procedimento Administrativo (CPA), a que os habilidosos, os facilitadores e outros que tais muito elogiados pelos do costume limpam o rabo.

Gostam e praticam é os actos políticos puros, da mais perfeita e inocente pureza administrativa, não precisando por isso de ter em conta o CPA na administração da coisa pública.

E nessa medida, as comunicações internas entre serviços do Estado, as comunicações internas entre chefias de gabinetes ministeriais e outros, as comunicações entre responsáveis políticos e o mundo empresarial, decorrem na maior e inocente normalidade sem necessitar de se olhar às normas do CPA. CPA substituído com grande vantagem por secretos almoços e jantares de trabalho, ou por mensagens e orientações via WhatsApp.

E como a lei é igual para todos, todos desprezam o CPA.

Pacheco pode legitimamente criticar tudo e mais alguma coisa, e concretamente o MP.
Pessoalmente tenho muitas dúvidas quanto ao MP, aos advogados, aos juízes, aos funcionários judicias, porque se me colocam muitas interrogações face ao que vem a público e face às concretizações dos mais diferentes processos no âmbito do sistema de justiça.

O que me parece notável é Pacheco Pereira decidir que nisto ou naquilo não há crime nenhum. Assim, de uma simples penada.
Eu como sou burro, não faço ideia se no caso envolvendo Costa e certas pandilhas existe ou não crime, tal como na telenovela das gémeas, tal como nas barragens, etc.

Enfim, termino recordando o recente artigo de Cândida Almeida a que já fiz referência em outro postal, e de que aqui recordo o trecho para mim mais importante.

. . . . . iência simples, a reprodução de peças processuais ou documentos incorporados no processo até à sentença da primeira instância. Assim, são vários os intervenientes que podem ter divulgado as referidas escutas, devendo apurar-se, com rigor e profundidade, os seus autores. Viola a regra da presunção de inocência a afirmação contida nas intervenções públicas que apontam como responsável o MP. O ataque simultâneo a políticos e ao MP é muito conveniente aos “senhores do colarinho branco” que pretendem colocar em causa todo um sistema de justiça equilibrado e equitativo e o sistema político democrático em vigor.

Os doutores dos 50+50, mais os incomodados, terão lido e particularmente o que sublinhei?

Pacheco Pereira terá lido este artigo de opinião de Cândida Almeida (uma terrível mulher de direita. . . a roçar o fassismo) de que sublinho uma parte?
Claro que leu, é um homem atento, mas convém-lhe e aos que lhe pagam manter a "mantra"!
AC

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