quinta-feira, 31 de março de 2016

Portugal: nojo após nojo!
Cada dia que passa mais o nojo aumenta.
Hoje, depois de uma manhã cultural com os netos, designadamente num museu, interessantíssimo, e muito apropriado á idade deles, almoçámos fora o que é sempre um festim para os putos.
A meio da tarde, bom tempo felizmente, embora ventoso, regressámos a casa, na aldeia. Depois de vários afazeres, perdi o juízo,e fui ver as prestações de certa rapaziada na AR a propósito do caso de polícia BANIF. Um nojo. Repetindo, um nojo.
E falando em nojo, vem- me à cabeça uns figurões de cabelo branco, há anos com grandes e constantes elogios à banca nacional mas, pelos vistos, esquecendo-se do BANIF que, do ponto de vista tecnológico, e para não falar dos procedimentos de verdadeira banditagem, era até há bem pouco tempo um banco da era dos dinossauros.
Ouve- se e......PRONTO. Colarinho banco, rodopiar daqui para ali, o que se sabe é pouco, mas obviamente que Constâncio, Carlos Costa, e todos os governantes até hoje tinham obrigação de saber.
Venham- me cá com supervisão prudencial, comportamental, e outras trampas jurídicas, a realidade é exactamente o que venho dizendo há muitos anos. Curiosamente, sempre umas almas boas, minhas conhecidas, muitos da mesma profissão, - ah, oh Cabral, talvez não seja tanto assim, temos que acreditar, você está muito caústico - etc, etc.
O que lamento muito, mas mesmo muito, é que não reconheçam e mo digam que, INFELIZMENTE, repito, INFELIZMENTE, tenho uma boa parte de razão nos meus desabafos, no meu desconsolo de cidadão.
Elites? Políticos? Titulares de órgãos de soberania? Autarcas? E por aí fora, numa grande maioriao uma cambada á mesa do orçamento, um nojo pegado.
Decência, um bem escasso por esse mundo fora mas, em Portugal, a escassez atinje níveis verdadeiramente alarmantes.
AC

Adenda de 1 de Abril.
Tradicionalmente, este é considerado o dia das mentiras. Mas não me parece mentira que se possa associar ao nojo que nos afoga, os muitos nomes de pessoas que desconhecem o que é decência e hombridade, e as empresas e mescambilhas por elas inventadas, mantidas e roubadas no fim. RENTIPAR, BES, BPN, BPP, FINIBANCO, BANIF, ONGOING, as fundações quase todas e, associados a isto tudo, os nomes falados na praça pública desde há décadas mas, sobretudo, a partir de 1980. Nomes sempre bajulados nas conferências e meetings, e torneios de golfe, acarinhados pelos jornalistas económicos e não só, bem conhecidos. Que só conhecem e falam das pouca vergonhas quando rebentam. Que numa fase bajulam, mais adiante criticam com o ar mais Cândido desta vida, com ou sem livros e artigos publicados com a maior lata e desfaçatez.

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