quinta-feira, 3 de março de 2016

A gestão dos silêncios. Um dos dramas que nos estrangulam.
Existe uma conhecida expressão - "o ensurdecedor ruído do silêncio".
Existe uma outra, mais popularucha, que remete para "não abrindo a boca não diz asneiras".
Nos políticos, nos chefes, nos subordinados, nos urbanos, nos campónios, nos civis, nos militares, nos adultos, nos jovens, etc.
"Não falarei com ninguém enquanto for vivo", "pediram-me segredo", "escrevi uma carta, está lá tudo", e por aí fora, pequenos exemplos dos múltiplos silêncios que recheiam a nossa vida.
Um amigo meu diz, em alternativa, "que nos apodrece a vida".
É bem capaz de ter razão. 
Por exemplo, se um político discorda do seu chefe, ao fim de poucas semanas, demite-se, fica tudo no segredo dos deuses, a podridão alastra no País, a sua satisfação é, meses ou anos depois, verificar-se as consequências dos desvarios desse chefe, que ganhámos nós com essa suposta rectidão?
Por exemplo, rouba-se a torto e direito, garante-se em público que tudo está óptimo, que ganhámos nós com essa verborreia dos estadistas e das elites?
O meu amigo é bem capaz de estar cheio de razão!!
AC

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