terça-feira, 29 de março de 2016

Ditos
Ver o contínuo papaguear de encomendações bizarras as quais nem devem entender, observar anos a fio retóricas indecorosas, leva-me a gritar socorro. Mas não há quem me valha. 

Passam as décadas e persiste este anacronismo de martelar as pessoas com mentiras sobre quase tudo o mais em sociedade. 
Porque não se consegue que cada qual, conscientemente faça o possível para se informar como vive o País, como e de que vivem as suas classes sociais, quais os objectivos de cada grupo no contexto da sociedade?

Certeiro, António Aleixo por exemplo com, “Coitado do Mentiroso, mente uma vez, mente sempre. Mesmo que fale verdade todos lhe dizem que mente”, ou “prá mentira ser segura e atingir profundidade tem de trazer à mistura qualquer coisa de verdade”.

Como Agostinho da Silva, eu também já - “não corro como corria, nem salto como saltava, mas vejo mais do que via, e sonho mais que sonhava”. 

Sonho, tenho esperança, de ainda em vida começar a ver mais pantomineiros fora dos poderes públicos. 
Cada vez mais convicto estou: "Homens de poucas e coerentes palavras são muito provavelmente os melhores homens". Trabalham em diálogo franco e em equipa, que é a única forma apropriada e útil de trabalho que conheço. E não mentem. 
Certeiramente se escreveu – “o fraco rei faz fraca a forte gente”. 
E tantos reizinhos por aí vão continuando. Esses sim, alegres.
AC

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