A PROPÓSITO DE TERRORISMO
Ainda não refeitos de mais uma barbárie, em Manchester, estamos a assistir a um pouco de tudo.
Artigos e textos inflamados nos "media" e também nas redes ditas sociais.
Apelos à compreensão.
Apelos à repressão brutal imediata a nível mundial.
Declamações habituais e tomadas de posição, por parte dos mais diferentes responsáveis políticos por esse mundo fora.
Referir, também, a escassa reserva (para não dizer uma coisa ordinária) de alguns "media" com detalhes e informações que não deviam vir a público nesta fase de investigação.
Repito, nesta fase de investigação.
Mas é esta mania ocidental "do interesse público", da "notícia", quando no essencial para não dizer APENAS, é só para tentar aumentar tiragens ou audiências. Para lá da burrice e incompetência.
Com respeito por opinião de outrem, nesta coisa chamada terrorismo, a questão de fundo é tão só política, ponto final, parágrafo.
E recordaria que terroristas, numa fase da história deste planeta, tempos depois alguns deles passaram a grandes estadistas.
Estou a lembrar-me, por exemplo, de Yasser Arafat, terrorista, depois estadista, depois assassinado, e sobre quem sempre ao longo do tempo recaíram inúmeras suspeitas de engordar as contas bancárias pessoais à conta de dinheiro recebido de vários países e organizações.
Sem ir a questões de fundo, o que tenciono ir fazendo calmamente, recordaria (por agora, contagem apenas desde 1900) que temos tido terrorismo em terra firme, no ar (i.e: o avião da PanAm) e no mar.
As listas são extensas, particularmente no que respeita a mar e terra.
Dando uma olhadela hoje à lista no século XX quanto a terrorismo no mar, deixo apenas alguns casos:
> 1961, assalto ao Santa Maria; alguns, hoje, endeusados;
> 1970, membros da guarnição de um transporte militar naval dos EUA assaltaram/desviaram o respectivo navio, "Columbia Eagle", em protesto pela guerra no Vietname;
> 1971, um grupo oposicionista Venezuelano atacou o navio "Anzoteque";
> 1971, palestinianos atacaram um navio petroleiro israelita no estreito de "Bab el Mandeb";
> 1971, o IRA tentou fazer explodir o "Queen Elizabeth II";
> entre 1972 e 1980 o IRA foi atacando vários "ferries";
> 1973, o Setembro Negro afundou o navio "Sanya";
> 1975, separatistas da parte Sul das Filipinas iniciaram acções de guerrilha no mar das Filipinas;
> 1975, explosão no navio russo "Maxim Gorky", quando atracado em Porto Rico;
> 1979, o IRA fez explodir o iate "Shadow V", morrendo nesse atentado "Lord Mountbatten", membro da família real britânica;
> entre 1980 e 1986, a Polisario destruiu inúmeros barcos entre eles o português "Rio Vouga";
> 1984, o navio líbio "Ghat" minou vastas áreas do Mar Vermelho e da saída do canal do Suez;
> 1985, palestinianos assaltaram o paquete "Achille Laura" e , entre outras coisas e, talvez com a justificação de falta de integração na sociedade, atiraram borda fora um homem de cadeira de rodas;
> 1989 a 1994, época de muita guerrilha no mar levada a cabo por separatistas da Eritreia;
> 1990, IRA danificou um navio da marinha Inglesa, em construção/reparação;
> 1994, islâmicas argelinos assassinaram a tripulação do navio italiano "Lucina";
> 1996, Chechenos atacaram o "ferry" turco "Avrasya";
> 2000, fundamentalistas islâmicos danificaram o navio de guerra americano "Cole".
AC
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