COCKTAIL EXPLOSIVO.........
As última horas têm sido ocupadas com notícias (??!!) entre muita outra coisa, sobre o não reabastecimento de aviões no aeroporto de Lisboa, sobre a vinda do Papa, sobre o salvador socrático da segurança social, sobre uma cena tumultuosa na repartição de finanças no Montijo.
Observe-se apenas o tumulto na repartição das finanças.
Usei a tecnologia para andar para trás nas imagens, passei os olhos por jornais "online" e tentei raciocinar.
Fico com a quase certeza de que a informação está muito incompleta, como é o habitual nos OCS nacionais.
É muito provável que, adicionalmente, exista quase que desinformação e particularmente espectáculo tolo para chamar audiências.
O cocktail > as instalações das finanças no Montijo, melhor, parte delas pois foi no R/c e existe outro andar, funcionários de finanças, um cidadão que creio não é português, um elemento da GNR que estava no local trajando à civil, e OCS designadamente TV's e jornais.
A repartição de finanças > creio saber que na zona normalmente destinada a pagamentos diversos, a tesouraria portanto e que se situa no R/c, foi criado uma zona para apoio dos cidadãos que tenham dificuldades no preenchimento/ entrega do IRS; está lá, creio, que uma funcionária, não para fazer o trabalho individual dos cidadãos, mas para esclarecer e orientar, e é cada cidadão que tem de tratar do seu assunto.
O cidadão do distúrbio > parece que não é português; não faço ideia, mas imaginem por momentos que antes, ainda cá fora da repartição, tinha havido algazarra, incluindo com outras pessoas e com o próprio agente da GNR; imaginem, portanto, que já antes lhe tinha sido chamado à atenção para o comportamento que estava a ter e ainda por cima sem ligar a câmara para filmar tudo, o que seria falha grave; imaginem que o sujeito quereria à viva força que lhe preenchessem o IRS; imaginem que a criatura só lá dentro é que se lembrou que podia gravar a coisa; imaginem agora que o sujeito era tão só português, sem nada para gravar, normalmente casado, e sem qualquer historial anterior recriminatório, certamente que a coisa não tinha tido tanta divulgação.
O elemento da GNR > parece haver margem legal para intervenção por parte de um membro de forças de segurança que não esteja de serviço se presenciar por exemplo distúrbios na via pública e/ ou cenas que possam vir a descambar em violência.
No caso concreto, o que me parece muito reprovável, é o recurso a uma técnica brutal quando, porventura, o militar teria capacidade mais que suficiente para recorrer a outra menos dura.
Os funcionários das finanças > creio que na área da repartição em causa só trabalham senhoras; imagino o pavor; haverá procedimentos estabelecidos para chamar com urgência forças de segurança? ao que julgo saber, o posto da PSP está até bem perto da repartição de finanças.
Os OCS > em termos gerais, o que deles se retira e com relevo para a SIC, quase se pode descrever a coisa assim - um pacífico cidadão não só não foi ajudado na repartição de finanças como violentado por elemento das forças de segurança no caso a GNR, portanto mais uma brutalidade, mais um escândalo.
Pois digo eu, não acredito que o GNR não pudesse ter usado de outra técnica e não a que fez, que se afigura desproporcionado; não acredito na desfaçatez e inocência do dito cidadão; seria muito mais honesto intelectualmente por parte dos OCS averiguarem com alguma profundidade antecedentes incluindo o que se terá passado no exterior da repartição, sobretudo procurando saber se por acaso o sujeito não mora na zona etc.
Mas o que mais uma vez se fez, sem desculpar o GNR, é só o contrário do que devia ser feito. Por isso estas e outras cenas se propagam na maior das impunidades, e por isso muita gente olha para certas situações com cada vez maior raiva.
Querem outro exemplo?
Três ou quatro criaturas, de uma conhecida minoria étnica, e uma criança talvez com pouco mais de um ano, que vai andar de colo em colo para que todos sejam atendidos com prioridade, numa repartição pública, quando lá não chegaram ao mesmo tempo!
AC
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