sexta-feira, 26 de maio de 2017

20 de MAIO,  foi Dia da Marinha
Cerimónias principais, este ano, tiveram lugar no Domingo 21, em Vila do Conde. Não pude lá estar. Anos houve em que o consegui fazer: quando em Aveiro, Porto, Setúbal, Cascais, Lisboa, Algarve, Viana do Castelo, e belas fotografias então tirei.
Como a 20 de Maio passado já aqui lembrado por mim, nestes dia e mês comemora-se a chegada de Vasco da Gama a Calecute em 1498, quando os seus quatro navios fundearam, cumprindo a missão iniciada no Tejo em 8 de Julho de 1947. 
No 20 de Maio do corrente ano celebrou-se, também, os 700 anos do diploma régio em que D. Dinis outorgou o título de Almirante a Manuel Pessanha.
Como cidadão interessado, desde sempre, e como sempre tenho feito, procurei notícias nos jornais que me falassem do dia da Marinha, da Marinha, da Autoridade Marítima, designadamente para “ apalpar “ o tal sentimento de união entre a população e a Marinha do País de que muitos periodicamente falam.
Naturalmente, posso ter sido apressado nas minhas pesquisas.
Isto dito, confesso que não sei se houve alguma referência ao evento e à Marinha e à Autoridade Marítima nas TV, porque quase não vejo TV nacional. Mas recordo do passado que, em regra, as TV quase nada ligam à coisa.
Além dos jornais, visitei os sítios da Marinha e do chamado ministério da Defesa Nacional.  
Dos jornais, a tristeza habitual. Antes do evento, o DN teve um pequeno artigo, com cheiro a encomendado, a falar no apaziguamento interno na Marinha e etc. Como bem dito por outrem num comentário a esse texto, "sempre os mesmos"!!!
Que concluir dos “sítios”?? 
No da Marinha, está lá o programa que foi definido para celebrar o 20 de Maio, com eventos que se realizaram em vários locais do País. 
Percebe-se, também, que o discurso que o chefe do Estado-Maior da Armada proferiu em Vila do Conde não é publicitado, não está lá . Estivessem lá, em Vila do Conde, como diria o outro. 
Decisão legítima, certamente, mas contrastante com o que fizeram antecessores. Cada um tirará as suas conclusões.
No sítio do ministério onde pontifica o ex-ERC, descobre-se uma breve referência ao evento por ele presidido. Fica-se com a sensação, habitual naquele senhor, de muito palavreado, e aproveitou para fazer anúncios e, vá lá, disse umas coisas simpáticas para com a chamada “Briosa”.
Mas, diz-me a experiência, com discursos reservados, com discursatas ministeriais dispensáveis, e com o habitual e lamentável alheamento dos media relativamente ao Dia da Marinha e à Marinha, ELA sobreviverá, mais uma vez, com mais ou menos sacrifícios e cortes, continuando com dignidade a missão de serviço por parte dos homens e mulheres que lhe dão corpo, exemplarmente servindo o País, independentemente de quem ocasionalmente a chefia e independentemente de ministros mais talhados para outra coisa.
É o que temos, mas o País merecia melhor, e a maioria de nós também.
AC

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