domingo, 4 de fevereiro de 2018

CURIOSIDADES DO PAÍS DAS IGUALDADES
É sabido que, anualmente, com mais atrasos ou nem por isso, com broncas, com recursos a protestos em sede de justiça, são realizados concursos para colocação de professores. Por todo o País.
Porquê? Porque é necessário ter professores espalhados por todo o território.
Sabe-se que existem esquadras da PSP por várias cidades e vilas, sabe-se que existem postos da GNR inclusive junto a certas aldeias.
Porquê? Porque é preciso assegurar a segurança de pessoas e bens.
Os governos, e a geringonça em particular, querem mais tribunais espalhados pelo País (a PAF encerrou alguns).
Porquê? Porque por todo o País existem problemas em sociedade que muitas vezes requerem o recurso à justiça.
Existem farmácias por todo o lado, por óbvias razões.
E podem-se apontar mais exemplos com o objectivo de mostrar necessidades das pessoas, por todo o País.
Agora, a classe médica, está basicamente sediada em Lisboa, Porto, Coimbra e mais algumas cidades como Viseu, Setúbal, Braga.
Mas nem é preciso chamar à colação a escassez (em alguns casos mesmo é inexistência) de certas especialidades no hospital de Beja e em outros de segunda ordem/ dimensão, para dizer que quanto a médicos, não se fazem concursos para colocar os senhores doutores por esse interior fora. 
Fora das 4 grandes cidades e fora do litoral, a   questão das (poucas) vagas existentes e as especialidades que faltam em muito lado, continuam a ser para mim um certo mistério. 
Como conheço alguma coisa do mundo da saúde desde 1969, já sei que me dirão, entre outras coisas - ah, no interior não existem equipamentos para auxiliar os médicos nas mais diferentes vertentes (apoio ao diagnóstico). 
Continua a ser verdade em certa medida, mas porque não se inverte essa situação?
Eis o Portugal do presente: o País das igualdades, dos sucessivos virar de páginas, ou a fazer mais do que lá fora nos recomendavam.
AC

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