Sim, o nosso País foi pioneiro na abolição da pena de morte.
Sim, Portugal foi pioneiro em várias outras coisas, ao longo dos séculos.
Sim, a dignidade da pessoa humana é, e muito bem, uma trave mestra da nossa Constituição (CRP).
Mas, infelizmente, o nosso País também é pioneiro, juntamente com outros, de muita pouca vergonha, de muita lassidão, de muito atraso.
Por cá, os nossos políticos, de todas as cores, são pioneiros em clamar sempre pelo Estado, em nome do Estado, que o Estado garante isto e aquilo, que o Estado reafirma isto e aquilo quando, a realidade, é que uns que corporizam o Estado se escondem atrás da palavra Estado para tentar fazer esquecer o que não fizeram em tempo útil, o que não previram, o que não planearam, o que não decidiram.
E nessa gentalha se inclui quem tirou o curso em 2 anos ou coisa parecida, quem esteve anos a fio no mesmo lugar e depois canta como se lá não tivesse estado.
Nessa gentalha se incluem aqueles que se esquecem do que não fizeram antes e agora bramam contra ventos e marés, convencidos que os cidadãos são todos estúpidos e, desejavelmente, assim continuarão.
AC
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