segunda-feira, 21 de março de 2022

 PASSEATAS 
Para que servem os políticos?
Como eloquentemente frisou Pepe Guardiola, APENAS para que em sociedade se viva melhor, para que possamos ser felizes, para evitarem desgraças. APENAS para isso. 
Como dito por outrem, a política não é uma palhaçada e nisso não deve ser transformada, numa PALHAÇADA.

Depois de mais uma passeata sem interesse real mas, claro, claro que muito burocraticamente justificada mas que, na prática, foi apenas mais uma "excursãozinha" para recordar os seus tempos de juventude enquanto o papá por lá andava, e que Costa manda pagar sempre com muito entusiasmo pois, assim, o mantém entretido, confesso que temo o pior. 

Temo o pior, pois isto está a agravar-se de dia para dia. 
O desejo para mudar de fato de banho em público, o desejo de mergulhos no Índico, o desejo pelo peixe talvez até pelo bom marisco daquela área, podem suscitar mais escapadas a somar às inúmeras já realizadas, quase todas em que ficou a sensação de terem sido sem qualquer proveito nacional, concreto, palpável. 
Eu sei que vejo pouca televisão, mas não descortinei o Augusto ou um seu representante por lá. Terá estado.

Andou a passear e acabou de fazer um balanço muito positivo da sua viagem, dizem-me que foi na CNN tuga, a tal das "Breaking news"! Muito impressionado com a formação dos militares Moçambicanos. Falou também do turismo e, nessa altura, INARRÁVEL, INACREDITÁVEL. Falou de cooperação económica, que as relações Portugal-Moçambique estão cada vez mais estreitas, etc., nitidamente um embaixador do governo. 

Mas, preocupações com, por exemplo, o terrorismo islâmico que tem assolado o Norte de Moçambique, palavras explícitas sobre isso? 
Népias, a menos que os OCS tugas se tenham esquecido de mencionar isso, mas não me parece. 
Preocupações outras, por exemplo, relativas ao apetrechamento das Forças Armadas Moçambicanas e, por exemplo, ao material que enviámos ou vamos enviar para a Ucrânia e que, se calhar, era capaz de dar mais jeito a Moçambique o que, digo eu, era capaz de fazer mais sentido mas, estamos Ucranianos e não Palopianos….
Népiasa menos que os OCS tugas se tenham esquecido de mencionar isso, mas não me parece. 
Preocupações ou palavras de apoio às comunidades católicas de Cabo Delgado face ao que por lá se tem passado..…. 
Népiasa menos que os OCS tugas se tenham esquecido de mencionar isso, mas não me parece.

Enfim, estamos nisto. 
Ah, e já disse que vai voltar. E para quê? 
Para estar presente na inauguração da catedral em Quelimane! 
Está portanto marcada uma nova passeata, que Costa voltará a pagar com todo o gosto, para....... tê-lo mais uns dias fora, uff!

Mas, PIOR, creio eu, e face à inacreditável verborreia que se ouviu (que brilhantemente Ricardo Araújo Pereira zurziu), até com traduções em simultâneo a cada duas palavras em português, não sei se alguns dos actuais titulares dos cargos institucionais que o rodeiam não correm o risco de vir a ser substituídos a curto prazo por, sei lá, talvez uma girafa, um passarão, um elefante. 
Irão ser reeditados nos belos jardins, os sermões aos peixinhos, mas a peixes neste caso previamente mandados vir lá de baixo, do Índico?

Ao que se vai chegando. Chegando ao que era expectável. 

Para alguns parecerá porventura até errado uma crítica dura como a que estou a fazer. 
Se em determinada altura apoiei alguém, como apoiei e expliquei as razões, com o passar do tempo e depois de tanta palhaçada, o outrora apoiado merece fortes críticas. 
Como sempre, respeito opiniões de outrem. 

Mas a realidade é que eu elogio sempre que me parece ser devido, e critico quando, pelo mesmo princípio de apreciação, me parece ser apropriado. 
E, francamente, está a ser demais.
Difícil respeitar quem não se dá ao respeito. 
Respeito institucional SIM mas, francamente, há limites para tudo. Submissão, reverência parola, servilismo e cinzentismo, pelo menos para mim são inaceitáveis, pois que isso deve permanecer arrumadinho no passado.

Se Moçambique está geograficamente longe, o mundo é pequenino e muitos lá estiveram décadas atrás antes de Abril, e testemunharam  coisas diversas, como o saudoso sr Mateus.
E se mais fosse preciso, que não é, sugiro voltar a ler por exemplo as páginas 421, 461 e 466 de certas memórias.  
AC 

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