Com a devida vénia ao autor publico este texto.
AC
Do Pedroso da Silva:
Falando de caracóis...
ARIETINA OU ALMOGRAVENSIS, EIS A QUESTÃO.
Há dias, enquanto ia saboreando uns deliciosos caracóis fui reparando nas suas conchas.
A princípio, todas me pareciam pertencer à mesma espécie, Theba pisana (Müller, 1774), conhecida vulgarmente por caracol-das-cervejarias ou caracol-pequeno.
Observando com maior atenção vi que alguns exemplares (alguns, não: muitos, talvez a maioria), apresentavam padrões diferentes dos que estamos habituados a ver nos vulgares Theba pisana, ainda que com ornamentações muito semelhantes:
As suas conchas não eram globulosas, mas acentuadamente deprimidas e a carena (ou quilha) era muito proeminente.
Será que estou em presença de uma nova espécie – perguntei para com os meus botões.
Como quando não sei, pergunto, foi o que fiz consultando o Prof. Pedro Callapez da Universidade de Coimbra que me disse:
1. Estes caracóis devem ter sido importados, tal como grande parte dos que se comem por aí.
2. Há cá em Portugal uma colónia deles na zona de Porto Covo.
3. Não se trata de uma nova espécie, mas sim de uma subespécie do THEBA pisana descrita por Rossmässler, em 1846 e batizada de arietina.
Googlando um pouco fiquei a saber que já em 1988, D. Wolfskeel (Schagen) recolheu uma amostra de 26 conchas vazias desta subespécie nas dunas externas de Monte Clérigo. Era o primeiro registo da presença desta subespécie em Portugal.
Muito mais tarde, em 2016, Holyoak & Holyoak comparando os exemplares recolhidos na Costa Vicentina com os da outra colónia conhecida (localizada em Cadiz) concluíram tratar-se de uma nova subespécie que designaram de Theba pisana almogravensis.
Então, parece-me que podemos concluir que grande parte dos caracóis que se encontravam no centro daquela mesa onde nos reuníramos com natural espírito de camaradagem (e algumas cervejas) ou eram Theba pisana arietina (Rossmässler, 1846), se tivessem sido importados, ou Theba pisana almogravensis Holyoak & Holyoak, 2016, se fossem “prata da casa”, os tais que não se importam.
Nós, também não!”
Falando de caracóis...
ARIETINA OU ALMOGRAVENSIS, EIS A QUESTÃO.
Há dias, enquanto ia saboreando uns deliciosos caracóis fui reparando nas suas conchas.
A princípio, todas me pareciam pertencer à mesma espécie, Theba pisana (Müller, 1774), conhecida vulgarmente por caracol-das-cervejarias ou caracol-pequeno.
Observando com maior atenção vi que alguns exemplares (alguns, não: muitos, talvez a maioria), apresentavam padrões diferentes dos que estamos habituados a ver nos vulgares Theba pisana, ainda que com ornamentações muito semelhantes:
As suas conchas não eram globulosas, mas acentuadamente deprimidas e a carena (ou quilha) era muito proeminente.
Será que estou em presença de uma nova espécie – perguntei para com os meus botões.
Como quando não sei, pergunto, foi o que fiz consultando o Prof. Pedro Callapez da Universidade de Coimbra que me disse:
1. Estes caracóis devem ter sido importados, tal como grande parte dos que se comem por aí.
2. Há cá em Portugal uma colónia deles na zona de Porto Covo.
3. Não se trata de uma nova espécie, mas sim de uma subespécie do THEBA pisana descrita por Rossmässler, em 1846 e batizada de arietina.
Googlando um pouco fiquei a saber que já em 1988, D. Wolfskeel (Schagen) recolheu uma amostra de 26 conchas vazias desta subespécie nas dunas externas de Monte Clérigo. Era o primeiro registo da presença desta subespécie em Portugal.
Muito mais tarde, em 2016, Holyoak & Holyoak comparando os exemplares recolhidos na Costa Vicentina com os da outra colónia conhecida (localizada em Cadiz) concluíram tratar-se de uma nova subespécie que designaram de Theba pisana almogravensis.
Então, parece-me que podemos concluir que grande parte dos caracóis que se encontravam no centro daquela mesa onde nos reuníramos com natural espírito de camaradagem (e algumas cervejas) ou eram Theba pisana arietina (Rossmässler, 1846), se tivessem sido importados, ou Theba pisana almogravensis Holyoak & Holyoak, 2016, se fossem “prata da casa”, os tais que não se importam.
Nós, também não!”
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