terça-feira, 20 de setembro de 2022

Os  PRESIDENTES  da  REPÚBLICA

Na nossa história recente, de 25 de Abril de 1974 até ao presente, e contando desde a (para mim) normalização do regime ou seja, a aprovação da Constituição e sua entrada em vigor, tivemos Ramalho Eanes, Mário Soares, Jorge Sampaio, Cavaco Silva e agora já no segundo mandato Marcelo Rebelo de Sousa.

Todos diferentes, todos interpretando diferentemente os seus poderes Constitucionais, todos antes de Marcelo cumprindo 2 mandatos, Marcelo a caminho de repetir a façanha. 

Todos diferentes. Os mandatos dos quatro primeiros bastante diferentes. O que quero dizer é que, na minha opinião os segundos mandatos foram muito diferentes dos primeiros. Talvez no caso de Cavaco Silva o segundo não tenha tido tanto distanciamento do primeiro como aconteceu em minha opinião com os seus antecessores.

No caso concreto de Ramalho Eanes, a diferença também teve a ver, em parte, às alterações Constitucionais em que os poderes do Presidente da República foram bastante restringidos.

Como todos os seres humanos, estes homens Marcelo incluído, têm qualidades e defeitos. A questão, como sempre, estará na dosagem!

Estou a lembrar-me disto e concretamente dos anteriores PR dada a situação que vivemos.

Por exemplo, se a memória não me falha, Mário Soares encetou no segundo mandato as célebres presidências abertas em que no fundo, o seu objectivo era (para mim naturalmente) duplo, evidenciar tanta coisa que estava ainda mal no país mas sobretudo destruir Cavaco Silva.

Pessoalmente, sempre achei que era importante salientar-se o que andava mal. Mas, como sempre me ensinaram, ao apreciar-se alguém e o seu trabalho, deve em primeiro lugar salientar-se tudo o que é positivo e, depois, apontar o que é preciso corrigir. 

Correndo o risco de poder ser injusto, por mim Mário Soares tinha certamente em mente por exemplo o combate às desigualdades sociais naquele tempo mas tinha também como grande objectivo destruir Cavaco Silva. Porventura objectivo primeiro.

Qualquer pessoa intelectualmente honesta reconhece que nenhum governo só faz asneiras ou que só concretiza maravilhas. A realidade não é essa. 

No presente, depois de sete anos a virar páginas verifico que Portugal se aproxima da cauda da Europa, dizem relatórios internacionais que o país já será o 8º na lista de países europeus com maior risco de pobreza ou exclusão social”, continua a trágica "cena" do ano lectivo começar como de costume com imensas falhas de professores. Perdão, não é isto, mil perdões, há é horários por preencher, creio que é assim que agora se diz.

Podia continuar aqui com uma longa lista de situações preocupantes no meu país em que vários dos meus concidadãos são "titulados" os melhores dos melhores, mas não deve valer a pena continuar.

As situações crescem, os buracos são vários, e eu e outros somos azedos e chatos. Os eleitos e a começar no rei em Belém é que estão cheiros de razão!

Boa sorte e boa noite!

AC 

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