terça-feira, 27 de setembro de 2022

CLARO

Claro que faço bem em ler. Estava até há momentos a ler/ reler Orwell.

Claro que faço bem em ocupar o meu tempo das mais variadas maneiras e claro que faço muito bem em quase não ver televisão.

Parei de ler quando agora me vieram dizer que Portugal/ selecção de futebol foi eliminado de um torneio entre nações. 
E, claro que ao recordarem-me que algures no fim de semana passado um desses vários/ muitos aficionados do futebolês terá dito que a Portugal bastava empatar um jogo com a Espanha puxei do teclado para escrever isto.

E parte do "isto" já está, mas falta acrescentar que os tais aficionados se esquecem sempre que mesmo bastando uma coisa qualquer o fundamental é não ser eliminado. 
Esqueceram-se pelos vistos que a Espanha podia ganhar. 

Lembro-me dos meus 15/16 anos quando o meu avô materno me dizia - meu filho a bola é redonda, e mesmo com o Eusébio as coisas às vezes não saem bem (era Benfiquista).

Embora ligue muito pouco ao futebol, naturalmente que o meu país ter sido eliminado nisto ou outra coisa qualquer não me alegra. 
Não gosto de perder nem a feijões. 

Mas, se parece verdade que o senhor contratado chorudamente pelo chefão do futebol português é um homem simpático, a realidade não vai lá com simpatias. 
É preciso mais qualquer coisa, de substantivo. 
Realismo, profissionalismo, eficácia, eficiência, pundonor. 
Ganhámos uma vez um campeonato Europeu e o palrador-mor delirou. 
E tem distribuído medalhas e honrarias e discursos. Mas...

No caso português, na bola, há mais do que a bola redonda.
Há prosápia a mais. 
Há dinheiro a mais. 
Há muita coisa esquisita a mais. 

E de certeza que não somos os melhores dos melhores. 
Que prebendas vai agora o palrador-mor distribuir? 
Que comentários fará?

Vou regressar a coisas mais úteis. Claro!
AC 

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