SERVIÇO NACIONAL de (pouca) SAÚDE(2)
Já o disse antes: SNS está e há muito tempo um caos, pior que Totobola 1 X 2.
Está um caos por diferentes e diversas razões.
A esquerda berra que não há investimento no SNS mas, podendo eu andar distraído, nunca fala em coisas muito detalhadas.
E um dos problemas está nos detalhes.
Dizem os esquerdistas que faltam médicos e enfermeiros.
Pecam por defeito, pois falta mais gente além desses, como por exemplo e não só técnicos auxiliares, pessoal necessário ao funcionamento das unidades de saúde.
Depois, designadamente Costa e a sua tropa socialista berram que nunca houve tanto dinheiro lá enterrado e que contrataram mais e mais, o que não deixa de ser uma boa parte da verdade.
Mas falta dinheiro. Para tudo.
Para começar, para lhes pagar adequadamente.
Aqui começa logo o busílis.
O que é adequadamente?
Em primeiro lugar vamos pensar no seguinte:
- quantos médicos existem? totais? Quantos milhares?
- quantos médicos existem, por especialidade, na vida activa?
- quantos médicos existem com menos de 55 anos de idade?
- quantos médicos existem com 55 de idade e mais sem estarem reformados?
- por especialidade, quantos médicos trabalham no SNS?
- por especialidade, quantos médicos trabalham em hospitais, clínicas e outras unidades de saúde privadas?
- por especialidade, quantos médicos trabalham nos seus consultórios, em Santas Casas da Misericórdia e em outros locais que não hospitais e centros de saúde e nem em unidades de saúde privadas?
Conheço alguns, que trabalham, participam em variadíssimos congressos, que se actualizam.
- quantos médicos ou seja, qual é a real força de trabalho no SNS?
- Quantos enfermeiros, qual é a real força de trabalho no SNS?
Mas, mal que pergunte, não mudou nada de 1979 até ao presente?
Como eram os equipamentos de Rx em 1985 por exemplo?
E a aparelhagem para tomografias axiais computorizadas?
Em 1979 faziam-se ressonâncias magnéticas?
E na formação de um médico e de um enfermeiro, nada mudou?
E os "numerus clausus"?
É um lençol para estar aqui até amanhã de manhã.
Por agora acrescento apenas mais isto:
- gestão hospitalar?
- funcionamento das salas de operação dos hospitais de manhã e……de tarde? A mesma ocupação?
- problemas de absentismo?
- o absentismo de milhares de professores com baixas médicas tem algum equivalente no âmbito do SNS?
- e os tarefeiros?
- e o corporativismo?
- e a politização dos organismos de gestão e administração do SNS?
- e os centros de saúde?
Fico por aqui, escreverei mais depois.
AC
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