domingo, 25 de setembro de 2022

SERVIÇO NACIONAL de (pouca) SAÚDE (3)

O. MÉDICOS,  SAÚDE,  SNS,  CRISE

E ao final de Agosto, Marta que a gente sempre temeu, demitiu-se.

Dizem que apanhando Costinha de surpresa. Hum…...

Marta que, como cidadão sempre tive como arrogante pessoa e que sempre se fez suportar e manter com a ajuda da máfia socialista e mais os seus três mosqueteiros, ao ponto de ter direito a cartãozito rosa, não tem culpa pessoal em várias circunstâncias concretas da desgraçada e lamentável situação que se vive no SNS, e em particular em certas áreas hospitalares. 

Mas Marta é ministra há vários anos e tem imensas responsabilidades políticas, independentemente do que se vive hoje ser, em parte, também consequência de bacoradas iniciadas e concretizadas nos últimos anos da década de 80 do século passado. Como já aqui escrevi antes. 

Mas as bacoradas dessa época foram há praticamente QUARENTA anos, QUARENTA. 

Os governos seguintes, PSD, PSD, PS, PS, PSD, PS, PS, PSD, PS, PS e PS, encarregaram-se de prosseguir na senda da asneira, pouco emendando, quase nada melhorando e corrigindo.

Convém portanto não esquecer e contabilizar os tempos de Cavaco Silva PM, mas sobretudo que, desde 1995, o número de anos que o PS esteve formalmente a governar é superior ao PSD. E TODOS, quase sempre muita ideologia e pouco trabalho.

Faz uma relevante diferença. 
Portanto, a sra D. Marta, não tem culpa de tudo, mas podia ter enfrentado seriamente o seu cargo. 
Dirá Marcelo, coitada, fez o que pôde! Marcelo…...
Coitada? Aproveitou uma tragédia para dizer que não tinha condições para prosseguir? Qual era a diferença para 10 ou 30 dias atrás? 

Demitiu-se porque finalmente interiorizou o que podia ter feito e não fez nestes anos todos?

Não creio. 

Demitiu-se porque morreu mais uma desgraçada, andando de bolandas para bolandas? 

Tendo morrido essa desgraçada, foi mais uma machadada sobre este governo de virar páginas e então toca de aproveitar pois como deputada a coisa é mais calma E nada de comissão parlamentar de saúde.

Disse que não tinha condições para estar à frente do Ministério da Saúde e, portanto, o habilidoso na senda habitual, despachou-a todo contente, como se o responsável primeiro da política não seja o Primeiro - ministro de qualquer governo

Despachou-a agradecendo o esforço no período da pandemia Covid. Despachou-a mas - oh Marta, não te vais embora ainda, tens de apresentar o resto da mesmo e inalterada política!

Marcelo ainda virá a condecorar a sra?

O que é certo é que a senhora não apresentou coisa nenhuma, foi-se mesmo embora apesar de Costa ter indicado que a coisa ia demorar. E eis que fez uma proposta irrecusável e - salta para cá Pizarro! Homem da rede.

Entretanto, à volta das maternidades, e tendo sempre presente que não é possível ter um jardim à porta de casa, mais uma mercearia, mais uma farmácia, mais uma esquadra de polícia, mais um cinema, mais um teatro, anda no ar uma proposta anunciando concentrações. Aguardemos.

Há uns dias os OCS apresentaram diferentes versões sobre uma putativa nova organização administrativa e de gestão do SNS. Num sítio que era garantido o homem do Norte, noutro jornal não era completamente assim. Mas Pizarro garantiu até ao fim da semana passada anunciar o nome do Salvador do SNS, e cumpriu, há dois dias. Temos portanto o Papa da saúde.

Entretanto, a inarrável líder parlamentar do PCP gritou que o "PS é cúmplice na progressiva privatização do SNS". Marcelo vai palrando.

A um homem como eu que as circunstâncias da vida ditaram a partir de 1969 ter começado a ter algumas noções sobre o sistema de saúde em Portugal, dada a quantidade de médicos na família e daí os inerentes e progressivos conhecimentos sobre o sistema privado e sobre o SNS, permitam que das minhas muitas dúvidas aqui refira o seguinte:

1ª - é estrita obrigação de qualquer servidor público ter coragem para enfrentar os problemas, ser abnegado, dedicado à causa pública e exercer os cargos confiados com dignidade e competência, não privilegiando a carreirinha partidária.  
Mostrando a história nacional basicamente o contrário, a acção do confirmado director executivo do SNS inverterá com um golpe de mágica esta trágica situação?

2ª - o inarrável PM, além de sucessivas mentiras e aldrabices expele periodicamente a frase à política o que é da política. 
Ora, fruto de decisão política, do PM/Ministro da Saúde/ Governo, que recursos humanos, financeiros e materiais irá ter o gestor do SNS para tentar resolver, por exemplo:
    
- a substituição de computadores em centros de saúde (os que estão à vista no centro de saúde aqui da cidade dá vontade de rir),
    
- a substituição dos imensos equipamentos obsoletos em hospitais, centros de saúde, etc.,
    
- o planeamento e posterior execução de obras prementes em inúmeras unidades de saúde do SNS. 

- que todas as unidades de saúde tenham acesso a uma mesma base de dados de gestão de doentes? Fico por aqui.

Não, afinal não fico.
- Que posição terá o director executivo do SNS relativamente ao facto (de há décadas) de basicamente as tardes dos hospitais terem pouco mais que o pessoal das urgências e os auxiliares e enfermeiros de turno em enfermarias e quartos de doentes? 
Ou no seu S.João era diferente?

- Que posição terá o director executivo do SNS para contribuir que os centros de saúde possam REALMENTE ter capacidade para passar a atender/ cuidar das pessoas aflitas com problemas de saúde de gravidade moderada e assim aliviar os serviços de urgência hospitalar? Médicos de família, hum….., enfermeiros,…. hum, médicos de certas especialidades … hum…. 

Que posição terá o director executivo do SNS relativamente aos quadros de pessoal dos hospitais e dos centros de saúde/ unidades familiares?

Eu sei muito poucochinho destas coisas. 

Mas apenas por razões da vida conheço alguma coisa dos hospitais de, Cascais, Vila Franca de Xira (o antigo e o actual), Castelo Branco, Montijo (antigo), Setúbal, Sta Maria, Capuchos, Ordem Terceira, S.Francisco Xavier, Espírito Santo (Ponta Delgada), Luz, Cuf Descobertas, Cuf Infante Santo, Fundação Champalimaud, Lusíadas, Covilhã, Egas Moniz.

Por razões da vida conheço também alguma coisa de unidades de saúde familiar/centros de saúde como por exemplo na Parede, Montijo, Idanha-a-Nova, Penedono.

Por razões da vida conheço ainda alguma coisa de quatro das Santas Casas de Misericórdia na Área Metropolitana de Lisboa.

Por razões da vida conheço também e bastante bem, três lares na Área Metropolitana de Lisboa. 
Antes de os conhecer, entre 2012 e 2017 tive contacto com vários na Área Metropolitana de Lisboa pois com bastante antecedência fui pesquisando, fui-me preparando para a marcha inexorável da vida/ envelhecimento de familiar. E fui ficando horrorizado.

Dessa experiência/ pesquisa de que não me esqueci fiquei com uma noção razoável sobre a matéria e nada me surpreende o que periodicamente se relata nos OCS.
Conheço razoavelmente este mundo na Área Metropolitana de Lisboa, mas sobretudo tenho uma noção razoável do muito que não fazem os sucessivos poderes públicos. 

Em síntese, por razões e experiência da vida conheço alguma coisa da evolução da prestação de cuidados de saúde no meu país, tal como a forma como se vão tratando os idosos em final de vida. 

Ah, e ordem dos médicos, e dois bastonários. Ah e os jovens médicos portugueses formados por exemplo na República Checa. Ah e as telenovelas de um passado recente por exemplo quanto a médicos dentistas Brasileiros. Ah e os jovens que fogem de certas especialidades. Ah, e os consultórios……. depois de almoço e tarde e noite fora. Etc. Vou aguardar.

AC

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