domingo, 12 de março de 2023

DEMOCRACIAS.  DEMOCRATAS. 

O sistema internacional está equilibrado? 
Ou em desequilíbrio? 
Ou instável?
Pode dizer-se que a ordem internacional está em ebulição?

Que autonomias reais existem de vários Estados relativamente, aos EUA, Rússia, China?
E as democracias liberais? A corroer-se? A implodir, muito por razões internas?
Vivemos tempos interessantes e, ao mesmo tempo, angustiantes, muito preocupantes.

Lembrar de forma resumida:

> Democracia é o regime político que proclama que o poder pertence ao povo, que os cidadãos são iguais e livres, que as minorias são respeitadas mas subordinam-se à maioria, que os órgãos de poder do Estado são eleitos, e que existem direitos e liberdades políticas, consignadas numa Constituição que designadamente tudo isto consagra. 

> Democrata será todo o cidadão que defende o supra citado. 
Eu defendo.

A vida em Portugal está muito complicada, e vem degradando-se paulatinamente desde 1991, opinião pessoal naturalmente. 

As desigualdades sociais agravam-se, empobrecemos cada vez mais apesar das loas e mentiras quase diariamente proclamadas. 

A demagogia e a propaganda crescem exponencialmente desde o início do primeiro governo Sócrates, opinião pessoal naturalmente.

Uma enorme maioria dos meus concidadãos está atacada do vírus da bovinidade, opinião pessoal naturalmente.

Na Assembleia da República estão representados diferentes partidos. Para mim, naturalmente, não é por terem assento parlamentar que automaticamente todos os deputados, de um extremo ao outro, são democratas. Jogam um dos jogos da democracia, o parlamentarismo,  o que é para mim, naturalmente, uma coisa diferente de ser verdadeiramente democrata.

Sendo cada opinião de respeitar, concordando-se ou discordando-se depois, a minha é de que tenho as maiores dúvidas se num determinado partido estão lá maioritariamente democratas. 

Admito que alguns mas, observando que em vez da apresentação de propostas concretas para resolução de problemas na sociedade há é  apenas berraria e propaganda e demagogia, e a defesa de coisas para mim inaceitáveis à luza dos valores da Constituição, estou convicto que democracia genuína não anda por lá.

Mas se falar de democracia, e por exemplo de democracia interna nos restantes partidos, creio que estamos muito mal na sociedade portuguesa. Não me interessam os exemplos maus lá de fora. 

Vejo a espaços, em vários dos senhores deputados de todos os restantes partidos (já referi o inaceitável) comportamentos nada democráticos. 

Reconhecendo as minhas limitações e defeitos, e ainda que muito lamentando que a maioria dos meus concidadãos continua acomodada e mansa e reaja apenas quase apenas por ideologia dura de seita, sou incapaz de definir quantos democratas existem no meu país, se vários ou se quase não restam democratas em Portugal.
Mas estou convicto de que, apesar de na minha opinião se verificarem situações preocupantes na sociedade portuguesa, ainda assim existem muitos democratas em Portugal. 

Naturalmente, esta é uma opinião de cidadão comum, que na sociedade portuguesa e concretamente durante a sua carreira nunca se considerou dono fosse do que fosse, muito menos do 25 de Abril de 1974, que ocorreu tinha eu pouquíssimos anos de carreira, que felizmente instaurou a Democracia em Portugal e que é o regime em que gosto de viver. Regime com problemas como é natural, e regime que me permite pensar pela minha cabeça, concordar e discordar. 

Estou globalmente satisfeito como cidadão, mas cada vez mais farto de vigaristas e farsantes.
António Cabral

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