segunda-feira, 6 de março de 2023

FAROL, . . . . . FARÓIS . . . . 

Farol, classicamente , é uma estrutura elevada e bem visível no topo da qual se coloca uma luz que serve de ajuda à navegação.

É basicamente uma construção em que a parte superior é quase sempre uma torre que tem no cimo uma origem luminosa e um aparelho óptico que projecta a luz a grande distância.

Cada farol tem uma estrutura física singular, a sua forma, a cor ou cores dessa infra-estrutura. A luz de cada farol tem uma identidade própria, que são as suas características.

Uma ajuda à navegação. É, portanto, um guia.

Na vida das sociedades, dos países, de vez em quando há guias ilustres, que nos orientam, que nos garantem segurança no rumo traçado para a sociedade.

Em Portugal, olhando para os últimos 30/35 anos vejo que nem farolins temos tido. Esta noite, Ricardo Araújo Pereira fez uma breve síntese do estado a que isto chegou. Mas há mais, há muito mais, infelizmente.

Mas a peça para mim mais notável foi ele colocar em evidência o que é uma tola. Mas por fanatismo ideológico milhares de meus concidadãos persistem em não querer ver. 

Enfim, voltando aos faróis, que são uma indispensável ajuda à navegação marítima e aérea, 

Faróis distantes,
De luz subitamente tão acesa,
De noite e ausência tão rapidamente volvida,
Na noite, no convés, que consequências aflitas!
Mágoa última dos despedidos,
Ficção de pensar . . .

Faróis distantes . . .
Incerteza da vida . . .
Voltou crescendo a luz acesa avançadamente,
No acaso do olhar perdido . . .

Faróis distantes . . .
A vida de nada serve . . .
Pensar na vida de nada serve . . .
Pensar de pensar na vida de nada serve . . . 

Vamos para longe e luz que vem grande vem menos grande.
Faróis distantes . . .

(Álvaro Campos)

António Cabral (AC)

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