quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

OLHANDO A QUEM DEITA CONTAS À VIDA
Não é de agora; mas agora, com o presente projecto de OE a submeter à AR, muitos se queixam disto e daquilo. Muitos terão razão, outros certamente que não. Não vou olhar aos insolentes, quer o novo messias quer o novo homem dos patacos. Sim, só insolentes podem dizer que um vencimento bruto de 2000, 00 confere a posição de privilégio. E sei bem de muitas dificuldades da vida, a começar pela difícil etapa de vida dos meus pais, e da extraordinária pensão da minha mãe de 362,51 €.
Li um exemplo concreto, tornado público e que aqui repito.
O caso é de uma loja, que vende artigos os mais diversos para crianças e juvenis. Um determinado carrinho de bebé custa ao público 500,00€. As contas mostradas pela dona da loja apontam para, 115€ para o IVA, 20€ para os agora anunciados 4% sobre o cartão, e um lucro de 10% sobre o preço do carrinho, portanto 50€. Diz a dona da loja - eu que tenho de lutar e ter o trabalho, ganho 50,00€ se vender o carrinho, e o estado ganha 115+20=135,00€.
Existe de facto uma grande desproporção, ainda que, creio, os 4% quanto ao cartão serão sobre a comissão do cartão e não sobre o movimento.
Ainda assim, uma enorme diferença. Dá que pensar.
O que será num talho, numa sapataria, numa casa de electrodomésticos, numa drogaria, num café, numa pastelaria, etc?
AC

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