sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Até onde chega a desonestidade intelectual
O actual inquilino de Belém está a escassos dias de acabar o seu segundo mandato como PR.
Ao longo dos anos fui dos que escreveram várias e por vezes duras críticas acerca das suas acções e sobretudo das suas inações. Sinto-me portanto à vontade para dizer o que digo.
Há pessoas que, quando não gostam e estão tal como eu no seu legítimo direito, NÃO GOSTAM, e exprimem-no duramente. Fazem bem. É o que procuro fazer.
Pode por exemplo ter-se opinião negativa quanto ao facto de Cavaco Silva antes de ser PR se arvorar, quase, como o supra-sumo dos doutores económicos.
Mas, dizer por exemplo - ......"de alguém que evocou, como primeira qualidade para ser eleito, o facto de ser economista mas que não deixou de ter no seu mandato um pedido de auxílio externo por iminência de banca rota " - é que me parece fora de qualquer jeito.
A chegada à banca rota podia ser evitada por um presidente da República? Qualquer que fosse?
Duvido muito, tendo em conta a indispensável e constitucional separação de poderes.
Nas reuniões de 5ª feira, fez avisos a Sócrates? Se calhar fez. E se não fez? O resultado seria sempre o mesmo, perante um animal feroz.
Só falta mesmo dizer que a banca rota foi por culpa de Cavaco Silva.
Que muito do que hoje acontece, na banca, no funcionalismo público, no estraçalhar de equiparações entre os vários servidores do estado, começou em Mário Soares e Cavaco Silva e continuou alegremente com Guterres, ah, aí já concordo.
Agora, culpas económicas e financeiras enquanto PR, parece-me muito deslocado. Mas enfim, a honestidade intelectual é valor que anda de facto muito pelas ruas da amargura.
E eu não posso com o senhor, nem pintado.
Quer como PR quer como Comandante Supremo das Forças Armadas, função em que se esqueceu completamente do seu dever de tutela.
AC

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