domingo, 1 de dezembro de 2019

   Z    E    R    O     e  ZEROS  à  Esquerda
ZERO - Algarismo que não designa por si só nenhum valor, mas que, por virtude do princípio de posição do nosso sistema numérico, decuplica o valor dos algarismos que se encontram à sua esquerda.
ZERO - Nada
ZERO - Coisa ou pessoa sem nenhum valor
ZERO - Zero à esquerda = não vale nada, não sabe nada 

Tanto quando se percebe pelo que os OCS nos transmitem, este fenómeno apareceu, ou constituiu-se, ou foi finalmente detectado, meses atrás, no seio das forças de segurança, nomeadamente no seio dos efectivos da GNR e PSP.
Escreveu-se já que o Movimento Zero "é uma ameaça à segurança interna de Portugal, que é neste momento a maior ameaça para a segurança interna devido à sua natureza e, fundamentalmente, devido ao que conseguiu convencer os seus apoiantes que representa e centraliza".
Há até quem escreva que "é uma ameaça à segurança interna de Portugal em tudo semelhante à que o Movimento dos Capitães representou para a ditadura". Será?
Como de costume, letrados e iletrados usam sempre a palavra ESTADO, diluindo os governos em cada momento, diluindo os titulares dos orgãos de soberania. Uma coisa sempre muito conveniente, nunca assim "se perdendo tempo" em apontar as caras para responsabilizar. Não há caras bem definidas?
Claro que há, existem, e sabe-se perfeitamente quem foram ao longo do tempo essas caras que, em vários casos e situações, por acções ou omissões, verdadeiros bandidos. 
Antes de 25 de Abril de 1974, e depois dessa data até hoje.

Sabe-se perfeitamente quem são os farsolas que nos têm desgraçado ao logo de sucessivas décadas, há mais de dois séculos.
Escreveu-se, também, "que o movimento é um desafio directo ao Estado, a que este possivelmente não quer ou não consegue responder". A realidade é que, sucessivas legislaturas, sucessivas AR, sucessivos governos, sucessivos PR mais que passivos e cúmplices, nunca quiseram ponderar e resolver os assuntos vários respeitantes às forças de segurança.

Mas de que se trata afinal?
> Questões culturais? Questões ideológicas?
> Que natureza tem este dito movimento?
> A questão é simplista isto é, é um nós e eles (políticos, governantes)?
> Que reação da população, que interesse desperta nos cidadãos Portugueses? Os Portugueses estão preocupados com isto? Hum....
> Que questões de autoridade se colocam?
> Há desvalorização efectiva do papel das forças de segurança na sociedade, numa sociedade democrática como teórica e formalmente é a nossa?
> É real e de há muito, a indiferença ou mesmo desprezo dos políticos e governantes nacionais pelas forças de segurança?  
> Movimento zero é mesmo uma coisa sem liderança? Verdade?
> E agora que, tanto quanto se sabe, que a "coisa" já está instalada também nas Forças Armadas ainda que sem manifestação nas ruas, o assunto é mais preocupante?
> Diz-se, escreveu-se, "que não têm rosto, chefes, postos, vozes mas, entretanto há jornalistas que afirmam que nas forças de segurança no movimento zero estão registados 58 000,00 agentes".
> Mas se a gestão deste tipo de movimento é complexa, teoricamente desconhecida a cabeça, o movimento tem ou não tem coordenação e, portanto, acabará por se saber quem está na linha da frente, sendo certo que algumas caras aparentemente integradas no ZERO já estiveram de cara destapada nas TV? 
> Há ligações fora do País?
> Será mesmo inédita a junção GNR PSP?
> ZERO é larvar isto é, está a alastrar a outras áreas, outras instituições? PJ? SEF? Polícia Marítima? Guardas prisionais?
E ás forças especiais da GNR e da PSP, que antigamente se chamavam "tropas de choque"?
> ZERO da GNR e PSP mas, na cadeia hierárquica onde pára, isto é, estão no movimento todos os patamares hierárquicos/ postos, excluindo (suponho) os respectivos comandantes nacionais?
> ZERO, sendo o que aparenta ser, estará teoricamente limitado nas suas acções públicas. A que distância estamos de paralisações globais?
> A acontecerem essas paralisações, a serem de repente assustadoramente globais, que reação dos poderes públicos? Chamam então as Forças Armadas? 
HUM.......Problemas constitucionais a ponderar e, mais importante, provavelmente, as Forças Armadas ficarão a rir-se e a ver.
> É sabido que o vazio será sempre ocupado por alguém.
> Os sucessivos poderes públicos nacionais, sabendo isto, porque se estiveram sempre a borrifar para os assuntos conhecidos e apresentados há décadas pela PSP e GNR?


Zero, e tal como o que se passou recentemente com os camionistas de matérias perigosas colocam questões novas, mais complexas, e que fogem nomeadamente ao controlo de certos sindicatos e concretamente aos irmãos CGTP - PCP.
Como lhes fogem, o argumento logo atirado para cima da mesa é o de que esses movimentos estão infiltrados pela extrema direita.
Provavelmente, ou mesmo quase certo, haverá infiltrações.
Mas, e o cerne da questão?

Cerne da questão:
> Que governante, que político, que homem de partido político e concretamente os acólitos de Louçã e esquerdalhos do género, se preocuparam e quiseram entender a cultura policial?
> Quanta dessa gente se preocupou seriamente com o processo de escolha e de nomeação das chefias da GNR e da PSP e, igualmente ou mais grave ainda, com as chefias das Forças Armadas?
Em consequência, que responsabilidades podem e devem ser assacadas aos sucessivos comandantes gerais da GNR e PSP, sendo certo que se alguns colocaram claramente problemas/ questões/ assuntos à tutela em devido tempo, as sucessivas tutelas tal como este actual sr Cabrita chutaram sempre para canto, ignorando disfuncionalidades, dificuldades financeiras, não planeamento de substituição de recursos humanos em tempo útil ?
> O que impediu que os sucessivos comandantes nacionais, para lá dos pomposos e inodoros relatórios anuais, não tivessem uma política activa de informação junto das populações, por exemplo para clarificar as dificuldades de entrar nos bairros degradados que as várias edilidades das grandes cidades deixaram criar?
> Em consequência, uma progressiva estagnação, progressiva degradação, cada vez mais deficientes e desonradas forças de segurança, fomentando a maioria dos políticos e titulares de orgãos de soberania (excepto nas discursatas de barriga inchada nos dias festivos, sentados nas tribunas com "as esposas e os esposos") um desrespeito pelas forças de segurança, nunca cuidando daquilo que deve existir numa sociedade democrática e que é, tolerância mas simultaneamente a indispensável existência e o uso legal da força, cujo monopólio cabe apenas ao Estado.

Não trataram e não tratam de nada e, depois, uma das reações primeiras é, ai os populistas, ai os fascistas, ai ai ai.
Quase apetece gritar à Sócrates, a tua tia!

Quando por exemplo o actual presidente da câmara municipal de Sintra afirma que deu 8 carros à PSP e 4 carros à GNR, isto significa o quê?
Quando as questões estatutárias, de carreira, de material, e as salariais, são escamoteadas há para aí 25 anos, isso significa alguma coisa?
É de admirar o que está a acontecer?
São os populistas que levaram a isto?
Claro que os javardos se aproveitam da situação criada.
MAS QUEM A CRIOU? 
ATIRA-SE e MUITO BEM, AOS POPULISMOS, AOS VIGARISTAS, AOS POPULISTAS, MAS ESQUECEM-SE DE IDENTIFICAR OS CULPADOS DISTO TUDO.

Os decisores políticos, tipo Sócrates, Elisas, Guterres, Sampaio, Cavaco, Mário Soares, António Costa, Marcelo, Aguiar hífen Branco, Barroso, e por aí fora, vivem nos seus mundos, em ilhotas cor de rosa, idílicas, gastam-se nas mordomias e favores a uns e outros mas sempre entre e só aos amigos, no nepotismo, no amiguismo, nas lojas, nos esquemas, arranjando modo do sistema de justiça permanecer disfuncional, não fosse o diabo tecê-las.
Para eles, no quintal mais seguro do mundo, onde só há violência doméstica, mas sem atentados e portanto está tudo bem, há que empurrar as coisas com as barrigas inchadas das festanças públicas e das festanças amigas sigilosas entre muros, e logo se avaliará o que se está a passar, pois a coisa há-de passar, porque os portugueses são uns queridos amorosos.
Há que deixar passar o tempo, a coisa há-de resolver-se.
E se aumentarem os aderentes a esta coisa do zero, logo se vê!!!

E se a coisa de repente, só por azar, se complicar, NÓS temos os nossos empregos e mordomias assegurados, a vidinha preparada. Logo se vê.
António Cabral (AC)

Sem comentários:

Enviar um comentário