A PROPÓSITO . . . . . . (2)
- De turismo interno/ lazer,
- De turismo interno/ lazer,
- do estado da economia e dos aldrabões,
- e de mulheres e igualdade de género.
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Na sequência de uns dias de lazer no Minho, resolvi abordar os tópicos supra (ver sff - A propósito (0) e (1))
Comecei pelo turismo interno, continuei por mulheres e igualdade de género.
Vou agora à economia, tão glosada pelo intrujão político que facilmente suplantou Sócrates.
O palrador-mor do reino até já nos descansou que Costa e apaniguados têm muita folga no OE para acudir a contrariedades!
Estamos portanto descansados.
O papagaio informou-nos, a nós uns coitados brutinhos, que pensa que se o seu ex-aluno escreve cartas é porque sabe que elas são lidas em Bruxelas.
Estamos portanto descansados.
Aeroportos cheios, dizem.
Mas quanto dinheiro fica de facto em Portugal?
E qual é a realidade da maioria dos empregos na área turística?
Que qualificações? Precariedade? Sazonalidade?
É que ainda ninguém teve a amabilidade de me descansar que, para acabar com a sazonalidade turística, isso pode perfeitamente fazer-se com o turismo pé descalço de que se vê imenso por cá. É a maioria.
Ah, e os empregos são bem pagos, naturalmente.
Turismo de massas, certo ? Pois….
Degradação de centros urbanos, construção de hotéis uns em cima dos outros como em Lisboa, trotinetes, tuk-tuk, preços inaceitáveis por certos produtos, desaparecimento de comércio tradicional, tudo isto são aspectos só apontados pelos chatos como eu, certo?
Um outro pequeno detalhe acerca da nossa economia, o famoso PRR e as fábricas de texteis.
Há dias estive no Minho, como disse, e tive por companhia uns amigos do Norte.
Um deles, bom conhecedor do assunto. Porquê? Porque até há poucos dias era o responsável máximo por uma das maiores das nossas fábricas de texteis.
Está a começar a descansar da vida activa.
Fiquei sem dúvidas sobre o que está a acontecer e, pior, percebi as perspectivas muitas cinzentas.
Perguntei-lhe - olha lá, e esta coisa do PRR?
Resposta veio pronta: a minha e muitas outras candidatámo-nos para projectos de melhoramentos na fábrica; sabes que resposta tivemos? ZERO.
Como se vai sabendo, vai praticamente tudo para coisas do ou ligadas ao Estado/ governo!
Mas o papagaio-mor anda caladinho sobre isso.
Em tempos regurgitou que estaria muito atento.
Outro pequeno exemplo.
Fui a uma fábrica nas caldas de Vizela, onde fabricam entre outras coisas atoalhados e roupa de cama. Para exportação.
Mas vendem ao público.
Vendem ao público os produtos que não passaram no controlo de qualidade para exportação, artigos "que podem ter defeito".
Quase não os detectamos, e são baratos.
À pergunta - como estão as coisas ? a resposta foi a que eu temia, - estão a piorar, as vendas para exportação estão a ter cada vez mais quebras"
A realidade é que estes aldrabões prosseguem com a campanha de nos enganar e, por exemplo, no que respeita à divida externa, esgrimem falaciosamente com a percentagem face ao PIB. O que é legítimo, mas é para nos esconder a realidade dura.
Dizer, preto no branco, o montante real do que devemos, é que nem pensar. Estão as páginas todas viradas, é o que interessa.
Mas a maioria dos meus concidadãos gosta assim, paciência.
Acreditam em milagres. Mas não há nem vai haver milagre nenhum.
A prosseguir-se como até aqui, será empobrecimento crescente e com muito ruído.
Portugal, com este inicialmente bom Presidente da República que aproximou os cidadãos da política e das instituições, com este lamentável papagaio-mor dos últimos anos, com este aldrabão político de primeiro-ministro/ governo, com estes deputados TODOS, com as trágicas alternâncias que se perspectivam, Portugal continuará o reino do fingimento.
Fingem todos que somos desenvolvidos e modernos.
Para eles, sobretudo, a modernidade passa pelos Falcon, pelos popós/ carrões do Estado em que se transportam alternando com uns eléctricos para nós ficarmos satisfeitos, e pela aldrabice pegada embrulhada em selfies e demagogia e mentira.
Ah, e depois, entre outras maravilhas, temos os filósofos que anseiam por salvadores com experiência internacional e da internacional.
Aguardemos, pois que a economia está óptima, como se verifica na realidade dos dias, indo à praça, indo ao supermercado, procurando casa, procurando roupa para os miúdos, indo à farmácia, indo às livrarias, indo à bomba da gasolina, indo comprar sapatos, etc.
António Cabral (AC)
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