A INFORMAÇÃO (dizem eles) a QUE ESTAMOS SUJEITOS
Admiradores de Sócrates vieram pedir desculpas públicas porque a TVI anunciou que no Norte as gentes são menos ilustradas. 

Mais ou menos isto.

O vice-rei do Norte, Rui Moreira, abespinhou-se com o que fora noticiado e sendo eu insuspeito quanto a Rui Moreira, creio que tem muita razão em se ter zangado.

Mas creio que de um lado e de outro se devia ter feito bastante melhor.

Do lado da TVI como tantas vezes aconteceu já no passado, a investigação e o trabalho de casa não foram feitos, agora com a desculpa esfarrapada de que a culpa é parcialmente do COVID-19.

Da parte de Rui Moreira, para além da justa indignação, talvez pudesse ter esmiuçado um pouco as coisas.

Não é preciso ter familiares e muitos amigos no Norte, concretamente nos distritos de Braga, Porto, Aveiro e Vila Real para saber certas coisas.

Quem quer saber as coisas, e não tem ninguém a quem facilmente recorrer, pode informar-se, procurar, investigar, e não faz afirmações à toa.

Sei um "poucochinho" do que falo, muito "poucochinho" (que raio, já ouvi isto em qualquer lado) mas sei alguma coisa.

E sei e conheço (razões familiares e de amizades) concretamente uma grande fábrica têxtil e conheço bem duas médias empresas revendedoras e exportadoras também na área do têxtil.

E sei das inúmeras empresas (texteis, calçado, mobiliário, moldes, etc) em que os seus representantes constantemente viajam para as feiras lá fora e assim conseguem exportar e sobreviver.

E lembro-me bem, por exemplo, de uma visita que fiz há uns tempos a uma grande empresa que é a Simoldes.

Isto dito, os OCS nacionais, os jornalistas nacionais com raras excepções, primam pela propaganda das suas ideologias, primam pela não investigação, primam pela desinformação, primam pela manipulação. E trabalho de casa népia!.

E isto é tanto mais trágico quando é sabido que, como tenho escrito inúmeras vezes aqui no blogue, não há democracia e estado de direito sem OCS livres e independentes e que informem.

Portanto, a alta taxa de infectados mais a Norte deve ter muita explicação exactamente naquilo que muito sucintamente acima referi, e que se pode dizer por outras palavras, indústria, comércio, labor, actividade.

Se algumas sumidades tivessem alertado para o vírus logo em finais de Janeiro e tomado as medidas duras que se impunham como fez a República Checa, talvez a Norte e não só as pessoas tivessem passado a restringir reuniões, viagens, almoçaradas, encontros de negócios.

Como subestimaram tudo, a barraca está aí à vista, mas muito ufanos do trabalho que têm desenvolvido.

A Norte são mais iletrados? Não sei.

Uma coisa sei, Portugal está cheio de gerações as mais bem preparadas de sempre. E nunca houve nem há facilitismos!!!

AC