Há anos, cada ramo das Forças Armadas (FA) tinha um hospital próprio, o que se percebia, pois era fundamentalmente uma herança dos tempos da guerra em África. Herança que persistiu, tendo o Exército mais do que um hospital, em Lisboa dois, um deles o de Belém, há muito desactivado desde que existe a funcionar o das FA (HFAR).
No presente existe portanto o HFAR, que essencialmente tanto quanto sei teve por base o anterior hospital da Força Aérea.
Dizem-me que, no início do HFAR, as coisas não correram nada bem, dizem-me que estão melhor, mas igualmente me acrescentaram que tem poucas valências, e que subsistem diferentes limitações. Adiante.
Sobre este hospital de Belém alguma coisa se tem escrito e dito, designadamente desde que, com a pandemia COVID-19, alguém teve a ideia de o reabilitar para se arranjarem mais camas para tratamento de doentes COVID-19. Mas persistem nebulosas.
Sobre este hospital de Belém alguma coisa se tem escrito e dito, designadamente desde que, com a pandemia COVID-19, alguém teve a ideia de o reabilitar para se arranjarem mais camas para tratamento de doentes COVID-19. Mas persistem nebulosas.
No Expresso do passado 22 de Agosto, o jornalista Miguel Sousa Tavares (MST), uma vez mais, atirou-se às FA, manifestando o seu habitual e conhecido amor à instituição militar, tendo por base para a sua diatribe os custos, já conhecidos, e que de facto parecem exorbitantes, e são referentes à recuperação do dito hospital.
Respeitando sempre opinião alheia, e presente que não sei muito sobre estas coisas e concretamente acerca do hospital e do processo político de decisão para o tornar uma retaguarda para COVID-19, ainda assim parece-me que MST mostrou uma vez mais a sua periódica ligeireza e superficialidade de apreciação de certos assuntos. E neste concretamente. É pena, pois em outros temas aprofunda bem as coisas.
Não conheço os números que MST evoca, tenho de presumi-los correctos, vou presumir que ao menos foi verificar isso. Eu não fui.
E ele conclui, e neste aspecto concordo inteiramente com ele, o preço por que fica cada cama é pornográfico. Mas se fossem 30 ou 40 camas em vez das 20 que ele cita, ainda assim, parece-me, estamos perante algo se calhar a roçar uma escandaleira. Mas posso estar a ver mal as coisas.
Tal como no meu caso, a esmagadora maioria dos portugueses está a Leste deste assunto, a esmagadora maioria dos portugueses está a Leste e nem quer saber disto e de tudo o mais correlacionado. Mas não é o meu caso, não aprecio as trafulhices designadamente na máquina do Estado.
Não conheço os números que MST evoca, tenho de presumi-los correctos, vou presumir que ao menos foi verificar isso. Eu não fui.
E ele conclui, e neste aspecto concordo inteiramente com ele, o preço por que fica cada cama é pornográfico. Mas se fossem 30 ou 40 camas em vez das 20 que ele cita, ainda assim, parece-me, estamos perante algo se calhar a roçar uma escandaleira. Mas posso estar a ver mal as coisas.
Tal como no meu caso, a esmagadora maioria dos portugueses está a Leste deste assunto, a esmagadora maioria dos portugueses está a Leste e nem quer saber disto e de tudo o mais correlacionado. Mas não é o meu caso, não aprecio as trafulhices designadamente na máquina do Estado.
Mas, aposto, que a decisão de olhar para aquela velha unidade de saúde militar e mandar recuperá-la tendo em vista objectivos específicos, envolveu todo o governo socialista, concretamente o PM, o ministério da saúde, o ministério da defesa e provavelmente o ministério das finanças.
Aposto, também, que conhecidos departamentos dentro do ministério da defesa (MDN) liderado (???) pelo inenarrável Cravinho Jr estarão bem envolvidos no processo, e não só as FA.
Aposto, ainda, que o mesmo se passará quanto ao Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA).
Aposto, também, que conhecidos departamentos dentro do ministério da defesa (MDN) liderado (???) pelo inenarrável Cravinho Jr estarão bem envolvidos no processo, e não só as FA.
Aposto, ainda, que o mesmo se passará quanto ao Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA).
É que tudo começa no MDN.
As 12 linhas de MST parecem-me superficiais e apenas escritas para tirar a sua conclusão, e sobretudo mostrar o seu habitual sentimento de "grande estima" pelas Forças Armadas nacionais.
E reservo-me até o direito de pensar se, com essas linhas breves e superficiais, MST não esteve afinal a fazer, também, um frete muito conveniente ao actual governo.
Sobre isto, como cidadão que não suporta ser enganado, e do pouco que foi aparecendo nos OCS, continuo sem respostas para pelo menos as perguntas seguintes:
> Como nasceu a ideia de reactivar o hospital de Belém para tratamento COVID-19? De quem partiu a ideia? Do PM? Do Cravinho Jr? De alguém voluntarioso do Exército? Do almirante que chefia as FA? De quem?
> Partiu de alguém saudosista, militar ou civil, a pôr-se em bicos de pés?
> A decisão para empreender a recuperação do então abandonado hospital foi conjunta, MSaúde/ MDN ?
> Obviamente, terá tido a anuência prévia de António Costa, ou não?
> Não foi só do MDN/ Cravinho Jr a dar prova de vida depois de em sede do governo se ter discutido a necessidade de preparar o maior número de camas possível para fazer face à COVID-19, pois não ?
> Em qualquer das hipóteses supra, o CEMGFA e o seu EMGFA não foram directamente envolvidos no processo ? Claro que foram, não será verdade?
> E o Exército ?
> E quem orçamentou e adjudicou a execução das obras ? MDN ? EMGFA ? Exército ? Todos em conjunto ?
> E quem ficou com a responsabilidade de acompanhamento das obras, fiscalização e recepção ?
> Não terá sido tudo tratado, definido, controlado, adjudicado, pela Direcção-Geral de Recursos da Defesa Nacional, que é um orgão do ministério onde formalmente superintende o sr Cravinho Jr?
Tendo ao longo da vida realizado obras em casa sei bem que, se não se pondera tudo muito bem “ a anteriori”, mais à frente na execução de obras surgem ou podem surgir surpresas. E aumento da despesa.
Não sei se o exagero de custos por aí evidenciados tem alguma justificação em eventuais percalços durante as obras, ou em não ter sido previsto isto ou aquilo.
Não sei, também, se não terá havido alguém a dar prova de vida e a tentar inverter a situação programada de, a prazo, o dito hospital ir para o município do sr Medina e para a misericórdia de Lisboa.
Mas quer MST, quer outros jornalistas, quer certos políticos, como de costume, quererão culpar exclusivamente as FA pelo assunto escabroso. Frete ao governo, como se nada tivesse a ver com isto, mas é o governo e particularmente o MDN que têm a ver com isto.
Inocentes neste processo todo não me parece que existam. A começar pelo intrujão-mor.
Já agora, desculparão os meus amigos e leitores/ visitantes, este hospital de Belém não poderia antes ficar agregado ao HFAR melhorando-o, e suprindo valências que actualmente não existirão?.
Se calhar era mais avisado.......mas é melhor fazer joguinhos e fretes ao sr Medina e a outros comparsas, não é verdade?
Finalmente, creio que vou continuar sentado á espera de resposta às minhas perguntas.
Sim, porque do PR/ rei que formalmente é o comandante supremo das FA, não há nem um pio sobre este assunto. E não haverá.
Do PM ........dos deputados..........dos partidos........., do CEMGFA.......das associações militares....................
Alguns militares tomaram posição pessoal sobre as palavras de MST, mas as instituições é que se deviam pronunciar-se, para apurar responsabilidades, para elucidar os portugueses, clarificando o assunto e destino do hospital, sobretudo no âmbito do MDN, eventualmente dentro do EMGFA.
Mas, á cautela, vou preparar bastante gelo e duas garrafas, pois temo que vou esperar muitooooooo tempo sentado!!!
Enquanto estou sentado, verifico que mais importante parece ser anunciar os feitos dos F-16M lá fora.
Não digo que não seja importante lembrar isto, é aliás meritório e relevante o comportamento e prestação verificados.
Mas acho sempre engraçada a prioridade de assuntos militares a dar a conhecer aos portugueses.
Julgo perceber.
António Cabral
As 12 linhas de MST parecem-me superficiais e apenas escritas para tirar a sua conclusão, e sobretudo mostrar o seu habitual sentimento de "grande estima" pelas Forças Armadas nacionais.
E reservo-me até o direito de pensar se, com essas linhas breves e superficiais, MST não esteve afinal a fazer, também, um frete muito conveniente ao actual governo.
Sobre isto, como cidadão que não suporta ser enganado, e do pouco que foi aparecendo nos OCS, continuo sem respostas para pelo menos as perguntas seguintes:
> Como nasceu a ideia de reactivar o hospital de Belém para tratamento COVID-19? De quem partiu a ideia? Do PM? Do Cravinho Jr? De alguém voluntarioso do Exército? Do almirante que chefia as FA? De quem?
> Partiu de alguém saudosista, militar ou civil, a pôr-se em bicos de pés?
> A decisão para empreender a recuperação do então abandonado hospital foi conjunta, MSaúde/ MDN ?
> Obviamente, terá tido a anuência prévia de António Costa, ou não?
> Não foi só do MDN/ Cravinho Jr a dar prova de vida depois de em sede do governo se ter discutido a necessidade de preparar o maior número de camas possível para fazer face à COVID-19, pois não ?
> Em qualquer das hipóteses supra, o CEMGFA e o seu EMGFA não foram directamente envolvidos no processo ? Claro que foram, não será verdade?
> E o Exército ?
> E quem orçamentou e adjudicou a execução das obras ? MDN ? EMGFA ? Exército ? Todos em conjunto ?
> E quem ficou com a responsabilidade de acompanhamento das obras, fiscalização e recepção ?
> Não terá sido tudo tratado, definido, controlado, adjudicado, pela Direcção-Geral de Recursos da Defesa Nacional, que é um orgão do ministério onde formalmente superintende o sr Cravinho Jr?
Tendo ao longo da vida realizado obras em casa sei bem que, se não se pondera tudo muito bem “ a anteriori”, mais à frente na execução de obras surgem ou podem surgir surpresas. E aumento da despesa.
Não sei se o exagero de custos por aí evidenciados tem alguma justificação em eventuais percalços durante as obras, ou em não ter sido previsto isto ou aquilo.
Não sei, também, se não terá havido alguém a dar prova de vida e a tentar inverter a situação programada de, a prazo, o dito hospital ir para o município do sr Medina e para a misericórdia de Lisboa.
Mas quer MST, quer outros jornalistas, quer certos políticos, como de costume, quererão culpar exclusivamente as FA pelo assunto escabroso. Frete ao governo, como se nada tivesse a ver com isto, mas é o governo e particularmente o MDN que têm a ver com isto.
Inocentes neste processo todo não me parece que existam. A começar pelo intrujão-mor.
Já agora, desculparão os meus amigos e leitores/ visitantes, este hospital de Belém não poderia antes ficar agregado ao HFAR melhorando-o, e suprindo valências que actualmente não existirão?.
Se calhar era mais avisado.......mas é melhor fazer joguinhos e fretes ao sr Medina e a outros comparsas, não é verdade?
Finalmente, creio que vou continuar sentado á espera de resposta às minhas perguntas.
Sim, porque do PR/ rei que formalmente é o comandante supremo das FA, não há nem um pio sobre este assunto. E não haverá.
Do PM ........dos deputados..........dos partidos........., do CEMGFA.......das associações militares....................
Alguns militares tomaram posição pessoal sobre as palavras de MST, mas as instituições é que se deviam pronunciar-se, para apurar responsabilidades, para elucidar os portugueses, clarificando o assunto e destino do hospital, sobretudo no âmbito do MDN, eventualmente dentro do EMGFA.
Mas, á cautela, vou preparar bastante gelo e duas garrafas, pois temo que vou esperar muitooooooo tempo sentado!!!
Enquanto estou sentado, verifico que mais importante parece ser anunciar os feitos dos F-16M lá fora.
Não digo que não seja importante lembrar isto, é aliás meritório e relevante o comportamento e prestação verificados.
Mas acho sempre engraçada a prioridade de assuntos militares a dar a conhecer aos portugueses.
Julgo perceber.
António Cabral
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